Hoje (10), celebra-se o Dia Mundial do Lúpus, doença que atinge mais de 200 mil pessoas no Brasil. Autoimune, complexa e de difÃcil diagnóstico, mais de cinco milhões de pessoas são acometidas pelo problema no mundo. Uma doença autoimune, complexa, de difÃcil diagnóstico, silenciosa e muitas vezes confundida com outras doenças. Assim é o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), que pode atingir vários órgãos, incluindo pele, articulações, rins, pulmões e coração.
O LES está relacionado à predisposição genética e pode ser desencadeado por fatores hormonais e ambientais, tais como: luz solar, infecções e alguns medicamentos. Atinge cerca de 200 mil pessoas no Brasil, mas boa parte da população desconhece a doença.
Uma pesquisa apontou que 36% da população não sabe que o Lúpus é uma doença. 11% disseram achar que o Lúpus era uma bactéria e desconheciam as complicações do problema que pode acarretar, inclusive, em ataques cardÃacos e anemia. Considerada uma doença rara, as mulheres são as mais afetadas pelo problema.
A iniciativa reuniu médicos e pacientes no intuito de esclarecer e engajar a população para a doença enfrentada principalmente por mulheres em idade fértil (aproximadamente 9 em cada 10 pacientes são do sexo feminino), que podem enfrentar complicações na gravidez, tendo chance de aborto.Â
A campanha conta atualmente com uma página no Facebook (Lúpus – Uma Questão de Foco) que tem como público-alvo pacientes, seus familiares e profissionais de saúde, trazendo informações sobre a doença, qualidade de vida e bem estar aos pacientes com LES.
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Entendendo o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
Existem três tipos da doença. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), no qual um ou mais órgãos internos são acometidos; o Lúpus Cutâneo, que é restrito à pele e o Lúpus Induzido por Drogas, que surge após a administração de medicamentos, podendo haver comprometimento cutâneo e de outros órgãos – em geral há melhora com a retirada do medicamento que desencadeou o quadro.
Sintomas mais frequentes do LES
Cansaço, desânimo, febre baixa, perda de apetite, queda de cabelo, inflamação nas articulações – sendo esta observada em mais de 90% dos pacientes. As lesões de pele mais caracterÃsticas são manchas avermelhadas no rosto, conhecidas como “lesões em asa de borboletaâ€. Podem ocorrer ainda manifestações em outros órgãos como rins, pulmão, coração e cérebro.
Diagnóstico
Muitas vezes, o LES é confundido com outras doenças, por isso é comum a demora no diagnóstico. Este é feito pela presença de manifestações clÃnicas combinadas a resultados de exames laboratoriais.
Tratamento
Deve ser individualizado, dependendo das manifestações apresentadas. O médico reumatologista determinará o tratamento mais adequado, sendo fundamental sua revisão constante em consultas realizadas a cada 3 a 6 meses (em perÃodos de atividade da doença, pode ser necessário acompanhamento mais frequente).
Mito
O LES não é contagioso e também não é um tipo de câncer. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico do paciente ataca o seu próprio organismo.
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