As temperaturas se elevam, e as pessoas buscam não só um corpo perfeito para desfilar no verão, mas um sorriso mais branquinho. Nesta época do ano, é comum o aumento na procura pelo clareamento dental nos consultórios odontológicos. “A proximidade do verão faz com que as pessoas queiram ficar mais belas, o que inclui adquirir um sorriso mais atraente”, comenta o Professor de Odontologia da Universidade de São Paulo Carlos Eduardo Francci, consultor da FGM, empresa líder em clareamento dental na América Latina, e países da Europa e Ásia.
Apesar de mais acessível, o clareamento dental aindca envolve uma série de dúvidas. Será que todos podem fazer? O resultado é o mesmo para pessoas de diferentes faixas etárias? O procedimento no consultório é melhor do que o feito em casa? Para esclarecer esses mitos, o Dr. Francci elaborou uma lista com as principais dúvidas dos pacientes.
Antes, porém, a especialista faz um alerta. O clareamento dental deve ser feito por um dentista. É importante ter cuidado com os métodos comprados on-line e feitos sem orientação. “Eles podem causar danos, como inflamações e sangramentos na gengiva, manchas na arcada dentária, e, principalmente um aumento significativo na sensibilidade dos dentes, entre outros”, adverte o professor, também presidente do conselho deliberativo da ABOE (Academia Brasileira de Odontologia Estética) e presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica, divisão brasileira da International Association for Dental Research (IADR).
No consultório, o processo é mais eficaz?
Mito. No consultório, o resultado é mais rápido, pois o gel utilizado possui uma concentração maior. Em geral, são feitas de três a cinco sessões. Por outro lado, em casa, o produto, aplicado numa moldeira, fica mais tempo em contato com os dentes, sendo seu uso recomendado por um período que pode variar de 2 a 6 semanas. Hoje os dentistas usam os dois métodos simultaneamente de forma a se complementarem, potencializando resultados.
Durante ou após o clareamento é necessária a mudança de hábitos alimentares?
Meia verdade. Algumas bebidas, como café, chá, vinho, refrigerantes a base de cola, entre outros favorecem o depósito de manchas nos dentes. Mas há evidência científica com café, por exemplo, que não afeta o tratamento de clareamento diretamente, mas não podemos negar que o uso diário de algumas dessas bebidas pigmentadas citadas ou alimentos com bastante pigmentos consumidos como rotina após um clareamento dental vão acelerar a repigmentação do dente. Assim é importante frisar que se pode consumir qualquer tipo de alimento após uma terapia de clareamento, mas a manutenção dos dentes branquinhos, bem como a necessidade de um novo tratamento clareador será abreviada. Por outro lado, a escovação adequada ajuda a prevenir o escurecimento provocado por alimentos.
O clareamento danifica o dente?
Mito. Feito sob orientação do dentista e após avaliação da saúde bucal de cada paciente, o método é seguro e não agride os dentes. Na verdade, existem alimentos, como o suco de laranja e os refrigerantes, com pH mais baixo que o gel usado no clareamento. Estes danificam mais o esmalte do dente do que o produto para clarear, em geral, à base de peróxido de carbamida ou de hidrogênio.
Existe alguma contra-indicação?
Verdade. Pessoas com muita sensibilidade nos dentes devem evitar o método, pois podem desenvolver uma inflamação aguda. O clareamento também não é recomendado para adolescentes com menos de 16 anos, mulheres grávidas e pacientes que tenham muitas restaurações, já que o procedimento não age sobre o material restaurador.
O tratamento é dolorido?
Mito. O que pode acontecer em alguns casos é uma maior sensibilidade apresentada por alguns pacientes. Em geral, tratada com mudança no protocolo de uso, como utilizar um dia sim e outro não. Há ainda métodos dessensibilizantes que podem reduzir essa sensibilidade.
Pastas e enxaguantes bucais têm o mesmo efeito do clareamento profissional?
Mito. Esses produtos agem em manchas mais externas, com resultados mais brandos. Enquanto os géis clareadores profissionais possuem entre 7% e 40% de peróxido (de Hidrogênio e/ou Carbamida) , agentes oxidantes que clareiam os dentes, as pastas e os enxaguantes não concentram mais do que 2%. Apesar disso, eles podem ser usados sem contraindicação.
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