Atividade física é um “medicamento” importante na melhoria da qualidade de vida

 

A atividade física como medicamento para prevenção é um tratamento de melhoria na qualidade de vida das pessoas, independente de sua idade ou condição clínica. Quem recomenda isso é o Dr. Thiago Bernardo de Carvalho de Almeida, ortopedista e médico do esporte do Hospital IFOR.

Hoje em dia, nos consultórios de ortopedia, é muito comum pacientes procurarem o ortopedista por conta de alguma lesão, seja por uma queda, por ser atleta de final de semana ou por um treino feito de maneira errada. O ideal é que procurassem um especialista antes de começar a praticar qualquer esporte, para uma avaliação e orientação prévia. Porém o praticante de esportes nos dias de hoje fazem ao contrário, só vão ao especialista por conta de uma lesão.  “A falta de orientação profissional faz com quem muitos atletas se lesionem ao aumentar a carga ou se aventurar em uma nova atividade sem qualquer orientação”, explica Thiago.

Quando isso acontece, os médicos indicam uma readequação da atividade, mostrando ao paciente que quase sempre é possível praticar atividade física em qualquer condição clínica, desde que ela seja individualizada e tenha acompanhamento de especialistas. O esporte pode ser considerado o medicamento mais democrático disponível na natureza, pois pode ser praticado por qualquer pessoa, independente de sua condição clínica.

“Tentamos adaptar o tratamento das doenças com a prática esportiva. Costumamos indicar outra atividade para este paciente”, orienta.

Apesar de o senso comum nos dar a impressão de que muita gente pratica esporte, dados da Organização Mundial de Saúde indicam que entre 60 e 80% das pessoas ainda são sedentários. “Em uma situação hipotética, o esporte pode ser comparado a um remédio que não vende em farmácia, mas é capaz de reduzir 50% dos seus problemas cardíacos, 50% das chances de diabetes, melhorar a atividade muscular, senso de humor, chances de depressão, estresse e outros benefícios”, explica o especialista.

Em idosos, por exemplo, existe a comprovação científica de que eles podem obter ganhos de massa muscular, flexibilidade, mobilidade, melhoria na parte psicológica e psiquiátrica, além da prevenção de doenças.

Para o idoso começar a praticar esporte, pensando em alguém que nunca praticou nenhuma atividade física, por exemplo, o Dr. Thiago recomenda uma visita ao o especialista, mas não apenas para uma avaliação dos indicadores de saúde, mas uma adaptação às atividades que ele goste, sempre pensando em prevenção de doenças e melhoria na qualidade de vida. “Em alguns casos, o idoso pode ter algum tipo de doença ou lesão que precisa de alguma investigação e necessite ser orientada nesse sentido”.

Além disso, o especialista recomenda acompanhamento com equipe multidisciplinar, composta por especialistas, como educador físico, nutricionista, psicólogos, que o ajudarão a dar uma visão 360º do treinamento.

Já para as crianças, o Dr. Thiago explica que a atividade física funciona como um fator determinante para a prevenção de doenças e aumento da longevidade. A criança também deve ser vista de maneira individualizada, uma vez que não se adapta a qualquer atividade física. O esporte é capaz de mudar a personalidade de uma criança. A criança tímida vai ficando um pouco mais solta. A que é muito solta começa a perceber que as outras precisam também ser ouvidas.

“O importante é manter a criança em atividade, por isso a importância de a criança poder escolher qual atividade praticar”, orienta.

 

Foto: Reprodução


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