O número de negócios classificados como microfranquias – com investimento inicial de até R$ 90 mil – registrou crescimento de 8% em 2018, no comparativo com de 2017. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), no ano passado, haviam 589 marcas nessa modalidade, contra 545 em 2017. Os números envolvem tanto redes puras, que possuem somente operações com investimento inicial, quanto redes mistas, aquelas que, além dos negócios tradicionais, também contam com microfranquias em seu portfólio.
De acordo com a gerente de inteligência de mercado da BF, Vanessa Bretas, o crescimento no número de microfranquias foi impulsionado por marcas que passaram a desenvolver duas modalidades de negócios, as chamadas redes mistas. Em 2017, as mistas somavam 75 marcas (14% do total), número que subiu para 166 redes (28% do total) no ano passado.
“Mesmo com um panorama econômico desfavorável, as microfranquias se mantiveram como uma opção interessante para empreender. Do lado das franqueadoras, este modelo passou a ser uma estratégia para atrair candidatos com menos recursos e chegar a novos mercados e pontos comerciais”, avalia Adriana Auriemo, diretora de relacionamento, microfranquias e novos formatos (ABF).
Segundo levantamento da ABF, os três segmentos com maior número de redes com operações de microfranquias são Saúde, Beleza e Bem-Estar; Comunicação, Informática e Eletrônicos e Serviços Educacionais. Os segmentos com maior número de redes de microfranquias puras são Saúde, Beleza e Bem-Estar e Comunicação, Informática e Eletrônicos. Alguns nichos destes segmentos não exigem muitos recursos em estrutura física, portanto possuem valores de investimento inicial menores.
Os dados indicam, ainda, que os segmentos com maior número de redes de microfranquias mistas são Alimentação e Serviços Educacionais. No primeiro caso, as marcas investiram em novos formatos como quiosques e carrinhos, e no segundo, os investimentos foram direcionados a plataformas de ensino a distância e em domicílio.