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A Petrobras registou lucro líquido de R$ 25,8 bilhões em 2018. Este o primeiro resultado anual positivo, após quatro anos seguidos de prejuízos, e também o maior desde 2011. A estatal vinha tendo prejuízo desde 2014, devido ao impacto das ações de corrupção investigadas na operação Lava-Jato. O Ebitda ajustado atingiu R$ 114,9 bilhões e o fluxo de caixa livre positivo foi de R$ 54,6 bilhões.
Se excluídos os itens especiais, que geram efeito negativo de R$ 10 bilhões em 2018 – como o fechamento de acordo com a ANP relacionado ao Parque das Baleias, o registro de impairment (perda no valor contábil de ativos) e perdas com contingências — o lucro líquido seria de R$ 36 bilhões e Ebitda ajustado de R$ 122 bilhões.
De acordo com a companhia, entre os fatores que influenciaram o resultado, estão maiores margens nas vendas de derivados do Brasil e nas exportações do petróleo, acompanhado pela alta de 31% na cotação do preço do Brent, a valorização do dólar norte-americano, a redução dos juros pagos devido ao declínio do endividamento (R$1,1 bilhão) e o ganho contábil derivado da regularização de créditos contra a Eletrobrás. Houve, ainda, recuperação de participação de mercado no diesel e queda de despesas gerais e administrativas.
“Celebramos os bons resultados de 2018, mas não podemos nos limitar à visão interna, à comparação conosco mesmo em anos anteriores. Ampliando o horizonte para a indústria de petróleo global, reconhecemos, humildemente, que estamos muito aquém do desejável. Não podemos nos conformar com a situação atual, havendo muito a fazer e muitos desafios a superar”, avalia o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em carta enviada ao mercado.
No quarto trimestre de 2018, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 2,1 bilhões. O resultado refletiu a redução na cotação do Brent e nas margens nas vendas de derivados, assim como a ocorrência de itens especiais, no total de R$ 6,3 bilhões, entre eles o fechamento de acordo com a ANP relacionado ao Parque das Baleias, o registro de impairment (perda no valor contábil de ativos) e perdas com contingências. Em contrapartida, houve crescimento de 6% na produção e 45% nas exportações de petróleo. O Ebitda ajustado atingiu R$ 29,2 bilhões e o fluxo de caixa livre, R$ 17,1 bilhões.
A remuneração total aos acionistas relativa ao exercício de 2018 alcançará R$ 7,1 bilhões, considerando as antecipações realizadas durante o ano. Também será paga participação nos resultados para os empregados.