(Crédito: Agência Brasil)
O emprego formal no Brasil fechou janeiro de 2019 com saldo positivo de 34.313 postos de trabalho, resultado de 1.325.183 admissões e 1.290.870 desligamentos. Este foi o segundo melhor saldo do mês de janeiro desde 2013, representando variação de +1,24%. Nos últimos 12 meses, o crescimento acumulado chega a 471.741 empregos. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
O Secretário do Trabalho, Bruno Dalcomo, afirmou que o governo espera incrementar mais esse número com a retomada do crescimento da economia. “Foi um saldo positivo, uma boa forma de começar o ano, mas logicamente não é o resultado que nós queremos. A retomada do crescimento econômico ao longo do ano deve gerar mais postos e diminuir a taxa de desemprego do país”, avalia.
De oitos setores econômicos, cinco registram expansão no nível de emprego: Serviços (43.449 postos), Indústria de Transformação (34.929 postos), Construção Civil (14.275), Agropecuária (8.328 postos) e Extrativista Mineral (84 postos). Houve redução no nível de emprego nos setores do Comércio (-65.978 postos), Administração Pública (-686 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-88).
O setor de Serviços foi o principal destaque na geração de emprego. Foram registradas 573.615 admissões e 530.166 desligamentos, com um saldo de 43.449 postos de trabalho, um crescimento de 0,25% sobre o mês anterior. Esse resultado foi impulsionado pelo subsetor do Comércio e Administração de Imóveis, Valores Mobiliários e Serviço Técnico (23.318 empregos), Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários (15.163 empregos) e Ensino (5.152 empregos).
O segundo maior saldo positivo foi da Indústria de Transformação, com 236.226 admissões e 201.297 desligamentos, ocasionando saldo positivo de 34.929 postos e o crescimento de 0,49% em relação ao mês anterior. Onze dos 12 subsetores apresentaram saldo positivo. Os destaques foram a Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos (9.276 postos, +1,13%), Indústria de Calçados (5.870 postos, +2,13%) e Indústria Mecânica (5.502 postos, +1,03%).
O setor da Construção Civil teve o terceiro maior saldo positivo do mês. Foram registradas 121.822 admissões e 107.547 desligamentos, implicando saldo de 14.275 postos de trabalho, alta de 0,72% em relação ao mês anterior. Os subsetores com melhores índices foram a Construção de Edifícios (5.828 postos), Montagem de Instalações Industriais e de Estruturas Metálicas (3.884 postos) e Obras de Acabamento (1.862 postos).
Desempenho regional
Em janeiro, três regiões apresentaram saldo de emprego positivo – Sul (41.733 postos, +0,59%), Centro-Oeste (22.802 postos, 0,71%) e Sudeste (6.485 postos, +0,03%) – e duas, saldo negativo: Norte (-6.428 postos, -0,36%) e Nordeste (-30.279 postos, 0,48%). Onze das 27 Unidades Federativas (UFs) fecharam o mês com variação positiva no saldo de emprego. Os maiores resultados ocorreram em Santa Catarina, com 20.157 postos (+1,01%); São Paulo, com 14.638 postos (+0,12%); Rio Grande do Sul, com 12.431 postos (+0,49%); Mato Grosso, com 11.524 postos (+1,68%); Paraná, com 9.145 postos (+0,35%); Mato Grosso do Sul, com 6.094 postos (+1,21%); e Goiás, com 3.777 postos (+0,31%).
Os menores saldos de emprego foram verificados no Rio de Janeiro, com -12.253 postos (-0,37%); Paraíba, com -7.845 postos (-1,94%), Pernambuco, com -7.242 postos (-0,58%); Alagoas, com -5.034 postos (-1,43%); Ceará, com -4.982 empregos (-0,43%); Para, com -2.919 empregos (-0,40%); e Piauí, com -1.905 postos (-0,65%).
Remuneração
O salário médio de admissão foi de R$ 1.618,96 em janeiro, e o salário médio de desligamento foi de R$ 1.713,93. Em termos reais, considerando a deflação medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), houve crescimento de R$ 82,60 (+5,38%) no salário de admissão e queda de R$ 19,81 (-1,14%) no salário de desligamento, em comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, registrou-se aumento real de R$ 33,27 (+2,10%) para o salário médio de admissão e de R$22,50 (+1,33%) para o salário de desligamento.