O furúnculo é uma infecção bacteriana que afeta a pele, ocasionando o aparecimento de nódulos avermelhados com a ponta amarelada – devido ao pus -, endurecidos, que doem e, geralmente, são quentes. O tamanho do furúnculo pode variar de acordo com a profundidade dos tecidos infectados. Abaixo, saiba mais sobre esse tipo de infecção:
- Furúnculo é contagioso?
Sim, o furúnculo é contagioso, pois é causado por bactérias. “Porém, o desenvolvimento do furúnculo também está associado a baixa imunidade, portanto, a infecção surge a partir da associação da bactéria e da imunidade enfraquecida”, conta a dermatologista Fabia Schalch, da rede Dr. Consulta.
- Depilação pode causar furúnculo?
“Não, a depilação é um processo que causa lesões na pele, então pode servir de porta de entrada para bactérias”, diz o dermatologista Daniel Dziabas, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A depilação causa, na verdade, a pseudofoliculite, uma inflamação decorrente da penetração da haste do pelo na pele, mas sem a presença de bactérias, agravada ou desencadeada pelo ato de depilar e pelo atrito da pele com roupas apertadas.
- O furúnculo deve ser espremido?
“Nunca. Na maioria dos casos, ele se rompe espontaneamente e não há necessidade de drenagem cirúrgica. A aplicação de calor úmido no local acelera o processo de drenagem espontânea”, destaca Dziabas.
- É preciso tomar remédios para curar o furúnculo?
“Existem casos nos quais se torna necessária a ingestão de antibióticos de uso tópico ou por via oral”, afirma o especialista. Em geral, são casos em que o furúnculo se espalha numa região e demora a cicatrizar. Porém, indicação do tratamento com remédios deve ser feita apenas por um médico.
- Qual a diferença entre pelo encravado e furúnculo?
A dermatologista Fabia Schalch explica que a foliculite ou o pelo encravado tem como característica surgir de forma mais superficial e menos dolorosa, bem ao redor do pelo. “Já o furúnculo é mais profundo e doloroso, como um abscesso”, conta ela.
- Quanto tempo dura o furúnculo?
“Geralmente, o período de incubação é de quatro a dez dias, sendo que o período de transmissão permanece enquanto houver a bactéria Staphylococcus no ferimento ou na garganta dos portadores assintomáticos”, ressalta Daniel. Casos mais graves em que há a multiplicação dos furúnculos pode levar até meses para serem curados e necessita do uso de antibióticos.
- Pode surgir mais de um furúnculo de uma vez?
A infecção bacteriana pode acabar se espalhando por diversos folículos, sendo considera um caso mais grave. “Chamamos esse quadro de furunculose”, destaca Fabia.
- É furúnculo ou espinha? Como diferenciar?
Apesar de serem parecidos, o furúnculo e a espinha têm origens bem diferentes no corpo. “A acne é uma doença dos folículos pilossebáceos, estruturas formadas por glândulas sebáceas e pelos. O distúrbio da queratinização folicular (‘poros entupidos’), o aumento da secreção de sebo e a presença de bactérias na pele são fatores que estão diretamente relacionados com o aparecimento da acne. Já os furúnculos são abcessos na camada dérmica e que podem ir até o tecido gorduroso. Ao contrário da acne, os furúnculos podem ou não terem origem em glândulas sebáceas. São mais doloridos e podem provocar febres”, esclarece Dziabas.
- Quais são as áreas do corpo mais comuns para o surgimento de furúnculos?
“São acometidas com mais frequência áreas como: pescoço, seios, nádegas e na face”, de acordo com Daniel.
- Existe alguma forma de prevenir o furúnculo?
Para impedir o contágio de outras pessoas e evitar que a bactéria se espalhe, existem alguns cuidados importantes que devem ser tomados. “As pessoas devem lavar as mãos depois de mexer no furúnculo; não compartilhar roupa, lenços, lençóis ou toalhas; lavar com água fervente as roupas, toalhas, lençóis e todos os materiais que entrarem em contato com a região da pele com o furúnculo; lavar com água e sabão o furúnculo depois de ele estourar sozinho; trocar as compressas e colocá-las num lixo próprio”, explica Daniel.
- O furúnculo não saiu completamente. Existe algum risco?
“Sim, existe o risco de reinfectar a área e a lesão reaparecer ou de ficar uma fibrose (cicatriz) mais permanente”, afirma Fabia.
Foto: Reprodução
Fonte: CatracaLivre/ MinhaVida
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