Grandes empresas querem funcionários com espírito empreendedor, aponta pesquisa do ESE

 - REVISTA MAISJR

(Crédito: Pixabay)

 

O espírito empreendedor é uma competência cada vez mais exigida pelas grandes empresas. Essa é uma das conclusões do artigo “The Competencies Managers Need – Do Companies and Business Schools Speak the Same Language?” (As Competências que os Gerentes Precisam – As Empresas e as Escolas de Negócios Falam o Mesmo Idioma?), assinado pelos professores da Escola Superior de Empreendedorismo Sebrae-SP (ESE), Fabíola Sarubbi Marangoni, Eduardo Pinto Vilas Boas, Fernando Nascimento da Silva e Ana Lúcia Pedrazzi.

O estudo, que foi aprovado na seleção do Academy of Mangement, mais importante congresso de gestão mundial, será apresentado em Boston, nos Estados Unidos, entre os dias 9 e 13 de agosto. Baseado na tese de doutorado de Marangoni defendida na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA – USP), a pesquisa compara e analisa as competências desenvolvidas nas escolas de Administração com aquelas exigidas pelas grandes empresas que mantêm programas de trainee.

Os pesquisadores coletaram dados entre alunos dos melhores cursos de administração do Brasil e tabularam as informações com as competências identificadas como essenciais nos processos seletivos de organizações que possuem programas de trainee. O empreendedorismo foi uma das competências mais bem avaliadas pelas empresas. “A educação empreendedora está se expandindo no campo da pesquisa acadêmica, refletindo sua crescente importância tanto para as universidades quanto para as pessoas que pretendem administrar seus próprios negócios”, explica Marangoni.

Outros fatores identificados como importantes para as empresas são saber construir relações pessoais, trabalho em equipe, compromisso com os valores da companhia, autoconfiança e atuação profissional ética. Uma das surpresas da pesquisa foi que algumas competências identificadas na literatura como fundamentais ao administrador, como pensamento crítico e criatividade, figuraram entre as menos valorizadas pelas empresas que participaram do estudo.