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A 14° edição anual da pesquisa Global Consumer Pulse da Accenture Strategy – ‘From Me to We: The Rise of the Purpose-led Brand’, que entrevistou aproximadamente 30 mil consumidores do mundo todo, incluindo 1.564 brasileiros, revela que as companhias com posicionamento em relação a causas, além de seus produtos, e que demonstram comprometimento, têm mais chances de atrair consumidores e influenciar decisões de compra, aumentando a competitividade.
De acordo com a pesquisa, 83% dos consumidores brasileiros preferem adquirir produtos e serviços de empresas que se posicionam em relação a causas alinhadas a seus valores e crenças pessoais — e dispensam as que preferem se manter neutras.
“Nos últimos anos, muitos competidores de menor porte cresceram, porque muitas empresas deixaram de se posicionar por complacência, letargia ou receio de polarização”, adverte Mauro Rubin, líder de Accenture Strategy para a indústria de Produtos.
De acordo com Rubin, o propósito da empresa é, hoje, fator preponderante nas decisões de compra dos consumidores. “Ter propósito significa ir além de, simplesmente, se posicionar em relação ao assunto do dia. Mas, sim, ter um compromisso genuíno e significativo em relação a princípios com os quais os consumidores se importam – como saúde e bem-estar, uso de ingredientes naturais, sustentabilidade ambiental e família – e que sustentam cada decisão de negócios”, afirma.
Segundo a pesquisa, as decisões de compra de 76% dos brasileiros entrevistados são influenciadas pelos discursos, valores e ações dos líderes das empresas. O estudo aponta que os consumidores se sentem atraídos por empresas comprometidas com o uso de ingredientes de qualidade (83%), com o bem-estar de seus funcionários (78%) e com a redução do uso de plástico e na melhoria do meio-ambiente (74%).
Nova era
“Estamos na era da transparência radical, em que os consumidores emitem suas opiniões, valores e crenças e analisam atentamente cada ação e exigem responsabilidade das empresas e de seus líderes. Eles não toleram falta de autenticidade”, explica Rubin. “A voz dos consumidores pode alterar a trajetória financeira das empresas. Eles são mais do que simples compradores – são stakeholders ativos que investem tempo e atenção e buscam uma sensação de propósito compartilhado. Espectadores passivos não têm vez nessa nova era”.