Em comissão do Senado, Moro defende aceleração da votação do pacote anticrime

 - REVISTA MAISJR

(Crédito: Governo de Transição) 

Em audiência pública por mais de cinco horas na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, ontem (27), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, enfatizou que pretende ver o projeto de Lei Anticrime ser debatido e aprovado o mais rápido possível. Moro disse que não se oporia com a possibilidade de a tramitação começar pelo Senado, ideia proposta pela senadora Eliziane Gama (PPS-MA).

O ministro também procurou minimizar os atritos ocorridos na semana passada com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que apontou a reforma da Previdência como prioridade da pauta da Câmara. “Temos que respeitar a Câmara e seu presidente. Há uma prioridade de fato, da nova Previdência. O que tenho argumentado é que essa questão de Segurança Pública é extremamente relevante.  Houve uma troca de palavras ásperas, mas isso é absolutamente contornável. Não temos a intenção de prolongar esse desentendimento”, esclareceu Moro.

A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet, disse que o tema ‘Segurança Pública’ é prioridade absoluta para a população brasileira. “A violência assola o nosso país. Não há um único pedaço de chão dessa terra que não esteja tomado pelo crime, pela violência e pelo medo”, alertou. Para a senadora, a atribuição de dar uma resposta a sociedade não é somente do ministro da Justiça e Segurança Pública, mas também de todos os parlamentares.

Caixa 2

Questionado se teria mudado de opinião com relação ao Caixa 2, o ministro afirmou não ter mudado de ideia . “Nunca minimizei a gravidade da prática de Caixa 2”, ressalta. “Houve reclamações dessa criminalização ser tratada junto com crime organizado e, então, concordamos em separar. A corrupção tem a contrapartida. É mais grave, de fato, do que receber recursos eleitorais não declarados, o que não significa que essa segunda conduta não seja grave. No fundo é uma estratégia para aprovação”, explicou.