Após deixar a prisão na noite desta quinta-feira (21), Anthony Garotinho foi recebido com festa em casa. Com balões e painel escrito “Bem-vindo Garotinho”, os familiares do ex-governador comemoraram o habeas corpus concedido pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A fotografia foi publicada na página da deputada federal Clarissa Garotinho, filha do ex-governador. Na imagem, é possível ver Garotinho sendo abraçado pelos filhos, a esposa, a também ex-governadora Rosinha Garotinho, e parentes. “Abraço coletivo”, escreveu Clarissa na legenda da imagem. A foto também foi publicada por Rosinha. “Obrigada Senhor! Tudo posso naquele que me fortalece”, escreveu.
https://www.facebook.com/ClarissaGarotinhoRJ/photos/a.593468650691189.1073741856.381544615216928/1599181100119934/?type=3
Anthony Garotinho deixou o presídio Bangu 8 por volta das 20h30 desta quinta-feira. Ele estava preso desde o fim de novembro sob a acusação, ao lado de outras seis pessoas, de integrar uma organização criminosa que arrecadava propina com empresários para financiar as próprias campanhas eleitorais e a de aliados, inclusive mediante extorsão. Rosinha Garotinho também chegou a ser presa na mesma ação.
Ao sair da prisão, o ex-governador voltou a negar as acusações e dizer que elas são fruto de vingança política, por ele ter denunciado o grupo do ex-governador Sérgio Cabral.
— Tanto a operação “Chequinho” quanto esta (“Caixa d’água”) são vingança política. O único delator diz que não se lembra quando deu dinheiro, se deu dinheiro… O MP diz que eu recebi caixa 2, mas o dinheiro está declarado. O que foi doado está na prestação de contas do partido. Eu não seria louco de estar denunciando todas as práticas de Cabral, Picciani, e Paulo Melo e fazer a mesma coisa — disse.
Na quarta-feira (20), quando foi concedido o habeas corpus, Clarissa Garotinho comemorou a decisão de Gilmar Mendes e disse que a família teria um “Natal em paz”.
— Estamos muito felizes! Deus é fiel! Justiça foi feita! Teremos um Natal em Paz! — disse Clarissa.
Na decisão do benefício, Gilmar Mendes afirmou que não verificou a “presença dos requisitos autorizadores da prisão preventiva”, e que, na decisão que mandou prender o ex-governador, o TRE não “indica, concretamente, nenhuma conduta atual do paciente (Garotinho) que revele, minimamente, a tentativa de afrontar a garantia da ordem pública ou econômica, a conveniência da instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal”.
O ministro do TSE afirma, ainda, que “o decreto de prisão preventiva (…) busca o que ocorreu no passado (eleições de 2014) para, genericamente, concluir que o paciente em liberdade poderá praticar novos crimes, o que, ao meu ver, trata-se de ilação incompatível com a regra constitucional da liberdade de ir e vir de cada cidadão, em decorrência lógica da presunção de inocência”.
Fonte: O Globo
Foto: Reprodução
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