A partir desta segunda-feira (21) entra em vigor o prazo de 48 horas para que o parecer do relator do processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel seja submetido à análise dos 70 deputados da Alerj. O quórum mínimo para votação é de ⅔ do colegiado, ou seja, 47 deputados precisam estar presentes para iniciar a sessão. Para que o afastamento de até 180 dias seja concretizado, são necessários 36 votos.
O presidente do tribunal é quem comanda os trabalhos e dá o voto de minerva em caso de empate na decisão final. O governador é acusado de participar de suposto esquema de desvios de recursos da saúde, de fraudes e de superfaturamento em contratos emergenciais.
Em 18 de setembro, vinte e quatro deputados do colegiado votaram pela admissibilidade do parecer do relator, deputado Rodrigo Bacellar, que aprovava o pedido de impedimento. O parlamento contabiliza 25 deputados.
Até mesmo o deputado Leo Vieira, colega de partido de Witzel, votou pela aprovação. Só João Peixoto não participou, por estar de licença médica, com Covid-19.
Os advogados de Witzel enviaram à Alerj a defesa com uma petição de 40 páginas e mais de 400 folhas de documentos anexos. Afirmaram que as denúncias seriam “especulativas, baseadas em matérias jornalísticas espetaculosas”.