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política

Bem cedo, às 7h41, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro chegou  à sede da Polícia Federal em Brasília.

O objetivo nesta terça-feira (12) é que ele assista o vídeo em que há ministros e o presidente da República, Jair Bolsonaro. Nesse encontro, segundo o ex-juiz federal, o chefe do Executivo teria exigido mudanças na chefia da PF e ameaçado demitir o ex-ministro. Para Moro essa é uma das provas da acusação que fez contra Bolsonaro na questão da interferência política na corporação.

A Advocacia-Geral da União (AGU) garante que o vídeo está completo. A gravação foi apontada por Moro com uma das provas da acusação que fez contra Bolsonaro de interferência política na corporação. Bolsonaro se mostrou insatisfeito com o fato de as imagens terem sido disponibilizadas de forma completa. Ele espera que seja extraído da gravação apenas a parte que interessa ao inquérito. “O restante, eu trarei de política externa. Não é justo alguém achar que deve divulgar isso”, pontuou.

O vídeo foi entregue à PF após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, que relata o inquérito que investiga possível interferência política de Bolsonaro na PF. Na última segunda-feira (11/5), ele determinou que a corporação faça a perícia das imagens.

A previsão para hoje é que sejam ouvidos os ministros Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Eles foram chamados porque estiveram presentes na reunião ocorrida em abril.