A banda Mamonas Assassinas conquistou o Brasil com sua irreverência e criatividade nos anos 1990. Seu único álbum gravado em estúdio, “Mamonas Assassinas”, lançado em junho de 1995, vendeu mais de 2,4 milhões de cópias, garantindo um lugar na lista dos discos mais vendidos da história do país. Pouco mais de 25 anos depois, o primeiro LP prensado, além de outros itens pertencentes à história do grupo musical, será comercializado em um leilão aberto por meio da Phonogram.me, plataforma nacional de música em NFT – os tokens não-fungíveis.
O leilão de todos os itens funcionará por meio do modelo de leilão de lance livre, como conta a cofundadora da Phonogram.me, Janara Lopes, com exclusividade à Forbes. “Nesse modelo, o artista não estabelece um valor mínimo para a oferta, o item fica à venda até chegar em um ponto no qual ele julga interessante comercializar o NFT”, diz. “É como ir em uma galeria de arte, onde os quadros ficam expostos até alguém pagar por um preço acordado. Só que no nosso caso são itens do universo da música.”
A iniciativa tem como objetivo não só promover o NFT como uma forma de viabilização econômica para artistas, mas também a aproximação de bandas e músicos com os fãs. “Queremos muito oferecer experiências físicas vinculadas à aquisição de um ativo digital”, afirma Janara. “A nossa ideia é afastar essa sensação de que se compra algo que não é palpável. Nossa proposta é mostrar que um colecionável digital tem tanto valor quanto um físico.”
Já para os LPs, tanto do Mamonas Assassinas, quanto do Utopia, além do ativo digital, quem tiver o lance ganhador receberá a cópia física da primeira prensagem do disco. O manuscrito de Dinho, também disponível no leilão, é a transcrição da letra da faixa “Plush”, da banda Stone Temple Pilots, da maneira que o cantor entendia as palavras em inglês. Quem comprar esse NFT receberá o papel em formato digital e poderá participar, como figurante, do filme “Mamonas Assassinas”, que será produzido ainda este ano.
*Foto – capa: Os integrantes do Mamonas Assassinas (da esquerda para a direita): Samuel Reoli, Bento Hinoto, Dinho, Júlio Rasec e Sérgio Reoli (Divulgação)
*Por Matheus Riga/Forbes