Mobilização Empresarial pela Inovação discute caminhos para desenvolvimento econômico

 - REVISTA MAISJR

(Crédito: Agência Brasil) 

O Brasil precisa fortalecer a capacidade de inovação das indústrias instaladas no país para retomar o caminho do desenvolvimento econômico. Esta foi a conclusão da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que reuniu representantes do setor privado e do governo em São Paulo.

Durante o evento, autoridades do governo e representantes da indústria apresentaram dados que colocam o Brasil em perspectiva com outros países reconhecidos pela capacidade de desenvolver novas tecnologias. Os valores mais atualizados mostram que o Brasil investiu 1,2% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, a chamada P&D, em 2017. No mesmo período, a Coreia do Sul destinou 4% de seu PIB à área.

Além do volume de recursos em pesquisa, a complexidade regulatória foi apontada como outra área a ser aprimorada. Patentes fruto de pesquisas desenvolvidas no Brasil nem sempre são registradas no país e acabam emigrando para outras nações mais atrativas a este tipo de registro. De 2013 até janeiro deste ano, pesquisas nacionais renderam 455 registros de patentes nos Estados Unidos e apenas 55 no Brasil.

A MEI estabeleceu sete prioridades para tornar o Brasil um país inovador. São elas: melhoria da qualidade da educação, capacitação de profissionais, desenvolvimento de longo prazo, criação de infraestrutura adequada para ciência, tecnologia e inovação, reestruturação do sistema de financiamento, modernização do marco legal e avaliação da eficácia das políticas em vigor.

Pequenos negócios

O presidente do Sebrae ( entidade que integra o grupo da MEI), João Henrique de Almeida Sousa, avalia que inovar não é uma tarefa exclusiva de indústrias já consolidadas “Os pequenos negócios podem ser grandes provedores de novos produtos e serviços para a economia. “Se engana quem pensa que a inovação está restrita a laboratórios de grandes marcas conhecidas no mercado. Os pequenos negócios podem e devem investir em inovação”, ressalta o presidente.