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O índice de otimismo dos empreendedores quanto aos rumos da economia brasileira caiu cerca de 10 pontos percentuais nos primeiros três meses de 2019 (de 79,5% no ano passado para 69,6% em 2019), mas a confiança dos donos de micro e pequenos negócios continua em alta. É o que revela a Sondagem Conjuntural feita pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), entre os últimos dias 25 de fevereiro e 11 de março.
“A mudança de governo elevou muito a expectativa dos empresários de pequenos negócios em dezembro, quando foi realizada a última sondagem. É natural que o percentual de otimistas apresente queda suave, após os primeiros meses do governo”, avalia o analista de Gestão Estratégica do Sebrae, Paulo Jorge. “Ainda assim, registramos o segundo maior índice de otimismo da série histórica e verificamos que a intenção de contratação de mão de obra, por parte dos empreendedores permanece alta”, pondera.
A marca de 79,5% de empreendedores otimistas, verificada em dezembro, foi a maior já registrada desde junho de 2017, quando a pesquisa começou a ser feita pelo Sebrae. O levantamento, feito trimestralmente, tem como objetivo conhecer as expectativas dos donos de pequenos negócios em relação à economia brasileira e ao seu próprio empreendimento.
A pesquisa ouviu 2.992 Microempreendedores Individuais (MEI), empresários de Micro e Pequenas Empresas (ME) e donos de Empresas de Pequeno Porte (EPP). Mais da metade deles (68,5%) se mostraram bastante otimistas com relação à melhora do faturamento de sua empresa em 2019, apesar da queda de quase 9 pontos percentuais em relação a dezembro de 2018. Os que acreditam que a situação vai ficar como está, somaram 22,5%, índice maior do que ano passado, que era 16,8%, enquanto que os pessimistas cresceram de 3,3% para 6,8%.
Empregos
O percentual de empresários que pretendem contratar funcionários em 2019 foi de 32,1%, praticamente igual ao do final do ano passado: 32,4%. Conforme a Sondagem Conjuntural, isso ocorrerá principalmente em EPP dos setores ligados à Indústria e à Construção Civil. Em contrapartida, o percentual de empresários que devem enxugar seus quadros subiu de 2,8% para 4,8%. Para resolver o problema de mão-de-obra, os empreendedores continuam com a mesma percepção de que é melhor contratar pessoas inexperientes e capacitá-las na própria empresa: 80,4%.