A cerimônia de posse do presidente eleito Jair Bolsonaro amanhã (1) em Brasília deve aquecer a economia da capital federal. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal estima que 500 mil pessoas devem acompanhar o evento na Esplanada dos Ministérios, um dos principais circuitos turísticos da cidade. O Itamaraty prevê a presença de 60 delegações internacionais, de turistas de várias regiões do país, além da população local.
Com isso, o setor hoteleiro estima superar a marca de 85% de ocupação, em comparação ao que normalmente é registrado nos períodos de fim de ano. O Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Distrito Federal (Sindhobar-DF) aposta que a movimentação na cidade também aqueça os restaurantes. Mesmo com horário de funcionamento especial, pelo menos 10% deles devem abrir as portas para atender o público que vai lotar a cidade.
Por questões de segurança, os turistas não poderão visitar importantes atrativos da Praça dos Três Poderes como o Congresso Nacional, Palácio do Planalto, Supremos Tribunal Federal. A visitação estará suspensa até o dia 3 de janeiro e será retomada no dia 4 de janeiro. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que os voos com drones nas regiões de Brasília estarão suspensos entre até o dia 2 de janeiro.
Cerimônia
A cerimônia de posse terá início às 14h45, com o desfile do futuro presidente em carro aberto (acompanhado por batedores da Polícia do Exército e fuzileiros navais da Catedral Metropolitana de Brasília até o Congresso Nacional. O carro utilizado, tradicionalmente, nesse percurso é um Rolls Royce que o Brasil recebeu de presente do governo britânico em 1953. O Rolls Royce tem motor de seis cilindros, é movido a gasolina, pesa 2,5 toneladas e tem capacidade para transportar sete pessoas. Vários presidentes já o utilizaram durante os desfiles de Sete de Setembro.
Das 15h às 15h45, ocorrerá a abertura da sessão solene de posse na Câmara dos Deputados, onde o 38º presidente do Brasil presta o compromisso constitucional de “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. Depois seguirá para o Palácio do Planalto, onde, às 16h40, Michel Temer passará a ele a faixa presidencial, seguida de pronunciamento oficial à Nação.
Com especificações de usos e de formato detalhados em um decreto de 1910, assinado por Hermes da Fonseca, a faixa presidencial é entregue no Palácio do Planalto. Ela é verde e amarela, de seda, e com 15 centímetros de largura. No alto, o Brasão da República é bordado com fios de ouro; na extremidade, a franja também é montada com correntes de ouro. Presa à roseta, há uma joia com diamantes e uma moeda de ouro que traz o Brasão da República, de um lado, e a frase presidente da República Federativa do Brasil, cunhada do outro.