O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento social que vêm sendo tomadas pelos estados brasileiros, como uma forma de evitar a disseminação do novo coronavírus. E insinou que a preocupação dos governadores que adotaram essas medidas não era com a saúde da população, mas sim uma “jogada política”.
“Cada um chefe de executivo querendo dizer que determinou mais medida restritiva que o outro. Como se tivessem preocupados com a vida de alguém. A gente sabe que a preocupação não é com vida. É jogada política na maioria das vezes”, disse Bolsonaro, em live realizada na frente do Palácio do Alvorada domingo.
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Bolsonaro argumentou ainda que ele até pode ficar em quarentena, “mas a grande maioria do povo brasileiro não”. “Os informais, autonômocos, camelôs, empregados têm que fazer alguma coisa”, afirmou. O presidente saiu do Alvorada para assistir ao hasteamento da bandeira brasileira e conversar com os religiosos que fizeram jejum no local neste domingo. O jejum foi convocado pelo próprio Bolsonaro, como uma forma de oração contra o Covid-19.
“A gente tem que pregar isso, uma mensagem de paz e não de terrorismo, histeria, como foi pregado ao povo brasileiro”, disse o presidente da República, voltando a minimizar a preocupação dos governantes e do povo brasileiro com o avanço do coronavírus. Sem máscara, Bolsonaro ainda participou de uma roda de oração com os religiosos que se aglomeravam na frente do Palácio do Alvorada. “A gente vai vencer essa. Fiquei com vocês no jejum hoje. E estou feliz porque eu acredito em Deus”, disse.
No fim da oração, contudo, o presidente evitou tirar foto com todos os seguidores que estavam no local e pediram para registrar a presença de Bolsonaro na oração. Pouco antes da live ser encerrada, ele aparece explicando para uma seguidora que vai ser “esculhambado pela imprensa” por conta disso.
Por: Correio Braziliense