Após uma semana de impasse e incertezas em relação à demissão do ministro Luiz Henrique Mandetta, a linha de frente do Ministério da Saúde colocou as cartas sobre a mesa e falaram abertamente sobre a transição de cargos em meio aos trabalhos para conter o Covid-19. “Queremos dar total condição a quem venha trabalhar, não estamos aqui para dificultar a vida de absolutamente ninguém”, disse Mandetta durante coletiva de imprensa, “Mas claramente esse caminho não é o que tem a ressonância para que ele possa ser conduzido dessa maneira”, ponderou.
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Nome cotado para permanecer no lugar de Mandetta, o atual secretário-executivo, João Gabbardo, negou a intenção. “Tenho compromisso com o ministro Mandetta. No dia que ele sair, saio junto com ele”. No entanto, ele se colocou à disposição para atuar durante o período de transição. “Entrei no Ministério da Saúde muito jovem. Ano que vem completa 40 anos, então eu não vou jogar no lixo esse meu patrimônio. Se o presidente indicar uma nova equipe, não vou abandonar o barco, vou ficar todo tempo necessário para fazer a transição com tranquilidade. Não podemos por qualquer razão interromper isso, porque qualquer interrupção será muito significativa”, ponderou.
Na mesma linha o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, indicou que iria permanecer no cargo até segunda ordem. “Os cargos eletivos são passageiros e dessa maneira estamos trabalhando para que quem quer que venha, dê continuidade ao trabalho da melhor maneira possível”. Wanderson chegou a entregar uma carta de demissão no setor onde trabalha, na manhã desta quarta-feira (15/04), mas o ministro não aceitou a desistência.
Por: Correiro Braziliense