Remédios vão ficar 4,88% mais caros

O governo federal deu aval para reajuste de até 4,88% nos medicamentos. A autorização da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) foi publicada no Diário Oficial da União.

A medida deve atingir cerca de 19 mil remédios vendidos no país. A CMED é um órgão ligado ao governo federal que regula o preço dos produtos, estabelecendo os reajustes máximos no ano. A decisão foi tomada em reunião realizada na sexta-feira passada.

Em 2020, o reajuste autorizado foi de 5,21%, mas um acordo motivado pela pandemia de covid-19 segurou o aumento por 60 dias. Neste ano, porém, a alta foi confirmada 15 dias antes do padrão para o setor.

O índice de 4,88% é um pouco abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, de 5,20% em fevereiro, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Outra decisão que afeta o preço dos medicamentos,  neste caso positivamente, é a prorrogação por mais um ano de benefícios fiscais para o setor, que inclui ainda insumos e equipamentos para prestação de serviços de saúde.

O Conselho Nacional de Política Fazendária aprovou a prorrogação de 228 incentivos relativos ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que venceriam no fim do mês.

O acordo para a continuidade das isenções teve o aval dos governos estaduais, representados pelo secretário da Fazenda do Piauí, Rafael Fonteles.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o diretor-executivo da Abraidi (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde), Bruno Bezerra, disse que a medida dá mais previsibilidade para o setor. De acordo com ele, sem a isenção, o repasse para o consumidor poderia chegar a 22%.

Compras

91% realizam compras de forma presencial

16% usam aplicativos ou WhatsApp

14% usam telefone

4% sites

Dificuldades

54% não enxergam os textos das embalagens

36% têm dificuldade para cumprir horários para tomar os medicamentos

31% não conseguem partir os comprimidos

Financeiros

67% pagam pelos medicamentos que consomem

29% retiram no SUS

4% são bancados por familiares

59% deixaram de comprar medicamentos alguma vez durante a crise por falta de dinheiro

73% não pesquisam o preço em outras farmácias

*Com informações do Metro Jornal