De acordo com dados apurados pela MEI Fácil – plataforma digital que atende cerca de 200 mil empreendedores, em mais de 4,8 mil cidades, e oferece auxílio em processos como a obtenção de CNPJ, notas fiscais, entre outros serviços financeiros simplificados – cerca de 55% dos usuários da ferramenta são mulheres empreendedoras, número que reitera o crescimento do público feminino nos setores impactados pelo microempreendedorismo.
Na avaliação de Gislaine Zaramella, sócia-fundadora da MEI Fácil, a busca por ferramentas e serviços que facilitem os empreendimentos e aumentem a eficácia do negócio são mostra de como a mulher vem ocupando espaço e o transformado positivamente. “O ingresso crescente das mulheres no empreendedorismo tem feito com que o mercado de diversos setores deixe o sectarismo de lado. As mulheres empreendedoras vêm conquistando seu lugar com muita força”, afirma.
A concentração feminina é maior, ainda, em setores tradicionalmente conhecidos como mais femininos, como os de vestuário, vendas diretas e beleza. Nessas atividades, as mulheres representam mais de 75% dos empreendedores. A participação feminina também é elevada em atividades como comércio varejista e pequenos restaurantes, com participação 48% e 57% de mulheres, respectivamente, segundo dados do Sebrae.
Mesmo em setores tipicamente denominados por homens, a participação feminina é expressiva. Em atividades classificadas como industriais, por exemplo, ela já representa 45% do total da força de trabalho empreendedora.
Para Gislaine Zaramella, essas estatísticas evidenciam uma mudança importante que tem contribuído para que as mulheres estejam, cada vez mais, no centro das ações. “É um movimento consistente. A participação da mulher não apenas reforça o movimento saudável da sociedade, mas traz mais qualidade para o mundo empreendedor. As empreendedoras têm uma capacidade incrível de inovar e lidar com as dificuldades de trabalhar por conta própria”, afirma.
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