Os próximos pregões serão marcados pela precificação de ações de algumas ofertas na Bolsa brasileira, enquanto os investidores seguem de olho na agenda de indicadores econômicos. Dados de inflação e a ata da última reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, vão dar pistas sobre o destino da Selic e as preocupações da autoridade monetária com a economia brasileira.
No cenário corporativo, as ações da Cury, subsidiária da Cyrela, estreiam na segunda-feira (21) na B3. Na quarta (23), tem a precificação das ações da empresa de logística Hidrovias e do banco de investimento independente BR Partners, enquanto na quinta (24) a precificação é dos papéis no IPO da incorporadora e construtora Melnick.
Já na agenda de indicadores econômicos, a ata do Copom que sai na terça-feira (22) vai trazer pistas sobre o futuro da política monetária no país. O comunicado do BC que acompanhou a decisão de manutenção da Selic em 2% ao ano na última quarta (16) foi visto como levemente dovish, ao reiterar forward guidance de que a autoridade monetária não deve subir os juros tão cedo.
Na quarta-feira, os olhos estarão voltados ao IPCA-15, com estimativa de 0,39% mensal em setembro, ante 0,23% em agosto, segundo projeções compiladas pela Bloomberg. Esse resultado mostraria um repasse ínfimo da alta do atacado que levou a segunda prévia do IGP-M do mesmo mês a disparar para 4,57%.
Segundo a equipe econômica do Bradesco, “o resultado do IPCA-15 deste mês ainda deve mostrar os preços de alimentação pressionados, mas com o índice agregado abaixo do centro da meta”. Os dados que indicam a variação de preços no Brasil serão completados na quinta-feira com a divulgação, pelo Banco Central, do Relatório Trimestral de Inflação.
A semana terá ainda o dado das contas externas, que têm mostrado melhora da conta corrente diante do dólar elevado e queda das importações com pandemia. O indicador será divulgado na quarta-feira.
Powell e PMIs
No exterior, após a postura mais dovish do Fomc, o comitê de política monetária do banco central americano, o Federal Reserve, ter ajudado a desvalorizar o dólar globalmente nos últimos dias, o presidente do Fed, Jerome Powell, fará pronunciamentos em três dias diferentes, a começar por terça- feira.