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A inflação subiu para 0,75% em março, ficando 0,32 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de fevereiro (0,43%), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. Esta foi a maior taxa para um mês de março desde março de 2015 (1,32%). A variação acumulada no ano foi de 1,51%, a maior para o período desde 2016 (2,62%).
O resultado foi influenciado pela alta nos preços de Alimentação e bebidas (1,37%) e Transportes (1,44%). Juntos, os dois grupos representam cerca de 43% das despesas das famílias, e responderam por 80% do índice do mês. O grupo Alimentação e bebidas se destacou com o maior impacto (0,34p.p.) e a segunda maior variação (1,37%) entre os produtos e serviços pesquisados. Os principais itens que registraram alta foram o tomate (31,84%), a batata-inglesa (21,11%), o feijão-carioca (12,93%) e as frutas (4,26%).
Nos Transportes, após a deflação (-0,34%) de fevereiro, o índice apresentou forte aceleração (1,44%). Os combustíveis (3,49%) foram os principais responsáveis pela alta, com a gasolina custando, em média, 2,88% a mais. A maior alta foi registrada na região metropolitana de Fortaleza (8,54%) e Goiânia registrou queda ( -2,47%). Quanto ao etanol, cuja alta foi de 7,02%, novamente Goiânia foi a única área a registrar queda de preços (-4,37%). A maior variação foi de 8,57% na região metropolitana de São Paulo.
O grupo Comunicação foi o único que apresentou deflação em março(-0,22%). Segundo o IBGE, a variação negativa do mês deveu-se à queda no preço dos aparelhos telefônicos (-1,44%) e ao item telefone fixo (-0,75%), por conta da redução média de 7,50% no valor das tarifas de fixo para móvel, a partir de 25 de fevereiro. Já o resultado do item correio (2,23%) reflete os reajustes de 13,90% e 5,47%, em vigor a partir de 06 de março, em um dos serviços no Rio de Janeiro (2,60%) e em Vitória (0,43%), respectivamente.