A confiança da micro e pequena empresa abriu o ano de 2019 com um índice recorde de expectativas positivas. É o que mostra levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito. Os dados de janeiro mostram que o indicador apurado marcou 65,7 pontos, o maior desde maio de 2015, início da série histórica.
Na comparação com janeiro de 2018, houve uma alta de 20,2% e, se comparado a dezembro, o crescimento é de 3,9%. Pela sexta vez consecutiva, o resultado ficou acima dos 50 pontos, indicando que o clima de otimismo prevalece entre os entrevistados. Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que, acima de 50 pontos, reflete confiança desses empresários e, abaixo dos 50 pontos, reflete desconfiança com os negócios e com a economia.
O avanço da confiança dos empresários de menor porte coincide com o início de um novo governo e da posse do Congresso. Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, há a expectativa de que o capital político dos recém-eleitos possa garantir a aprovação de medidas que destravem a economia, como a reforma da previdência, a simplificação tributária e a abertura econômica, fazendo acelerar o crescimento do PIB e a geração de empregos.
“Se confirmadas as expectativas ao longo de 2019, a confiança poderá consolidar-se acima do nível neutro e encorajar os micro e pequenos empresários a investirem e, por consequência, iniciar um ciclo virtuoso para a economia. Porém, isso dependerá de um ambiente político estável para garantir que acordos avancem no Congresso”, explica o presidente.
O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio da avaliação das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos empresários sobre os últimos seis meses. Já através das expectativas, busca-se medir o que se espera para os próximos seis meses.
Indicador de Expectativas
Já o Indicador de Expectativas para os próximos seis meses marcou 77,8 pontos em janeiro de 2019, ante 64,3 pontos em janeiro do ano passado. O número reflete o fato de que a ampla maioria dos entrevistados está confiante com o futuro da economia (82%) e com o futuro dos próprios negócios (83%).
O levantamento mostra que para 55% dos micro e pequenos empresários a confiança no futuro da economia vem da percepção de que o cenário político está mais favorável do que em períodos anteriores. Outro ponto de destaque é a concordância com as medidas econômicas do governo (38%). Há 22% de entrevistados que não sabem explicar as razões do sentimento positivo, ao passo que 21% relatam a percepção de uma melhora dos indicadores econômicos.