Vivendo há 7 anos no Vale do Silício, na Califórnia, o casal brasileiro Maria Oliveira e Rodrigo Tamellini uniu a paixão pelos games com uma demanda global: ambientes seguros para jogadores. Essa combinação deu fruto à GamerSafer, startup que se propõe a garantir a segurança e o bem-estar de jogadores e teve Minecraft como seu primeiro cliente. Em julho, faz um ano que a GamerSafer recebeu seu primeiro aporte, de quase R$ 2 milhões, capitaneado pelos fundos e grupos de investidores-anjo GVAngels e Harvard Angels.
“Empreender a partir do berço da inovação nos Estados Unidos foi fundamental para termos acesso aos grandes mercados e desenvolvermos produtos em escala global. Conquistamos também uma série de incentivos e apoio no início da nossa jornada (incluindo a incubação dentro da UC Berkeley Skydeck listada entre os maiores hubs de inovação dos EUA). Adicionalmente, o país concentra uma grande parte das empresas e faturamento do mercado de games. Nascemos remotamente e hoje temos membros do nosso time em 5 países (incluindo o Brasil)”, explica Maria Oliveira.
De acordo com a fundadora, a meta é ser referência em segurança e fair play para o mundo dos jogos e o aporte foi fundamental para dar passos importantes neste sentido. “Lançamos diversos produtos e serviços dentro do segmento, consolidando a nossa presença em Minecraft e expandimos a nossa atuação para novas plataformas de e-sports e outras comunidades online. Com um time maior foi possível desenhar um serviço altamente escalável com elementos de cibersegurança intrínsecos para garantir um crescimento sustentável e seguro. Combinando todas as frentes de negócios a nossa tecnologia protege mais de 15 milhões de players em mais de 25 países todos os dias.”
Brasil: celeiro de startups gamers
O Brasil chamou a atenção do mundo ao ter, em 2020, o primeiro unicórnio de games da América Latina, a Wildlife, avaliada em mais de US$ 1 bilhão. Maria explica que o país vive hoje uma tempestade perfeita, tem potencial de mercado, vocação para a criatividade, alta disponibilidade de recursos e fundos de investimento de olho em talentos. “Além disso, a nossa comunidade gamer é uma das mais apaixonadas do mundo. Inclusive já estamos em processo de abertura de uma subsidiária no país para acelerar o crescimento frente a crescente demanda de marcas e plataformas.” Mas de acordo com Maria, a segurança é uma pré-condição para que os jogadores experimentem coisas novas, formem e aprofundem conexões e continuem gerando receitas nos espaços virtuais.
*Com informações da Forbes