Carteira de crédito das cooperativas aumenta 23%

O cooperativismo de crédito tem aumentado cada vez mais a sua representatividade no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Os números de 2018 do Banco Central do Brasil (BCB) mostram um crescimento de 23% na carteira de crédito das cooperativas – oriundo, especialmente, da atuação do crédito rural e das modalidades voltadas a pequenas e médias empresas. Os dados constam na edição do Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, elaborado pelo BCB.

Segundo o levantamento, o número de empresas associadas aumentou 18% e o de pessoas físicas cooperadas outros 8%. E não é só. As cooperativas de crédito também expandiram a sua presença física ao longo do ano passado, aumentando em 7% os postos de atendimento em todo o País.

Hoje, 182 municípios brasileiros com menos de 15 mil habitantes, por exemplo, contam apenas com o atendimento de cooperativas de crédito, reforçando o papel de cidadania e inclusão que o setor possui na sociedade brasileira. “As iniciativas do Banco Central de apoio ao segmento cooperativista por meio da Agenda BC# representam mais um estímulo para o seu fomento e desenvolvimento”, afirmou Vinícius Simmer de Lima, do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro (Desig), diante dos números apresentados.

Em relação aos consórcios, em 2018 houve um crescimento de 9,1% nas cotas comercializadas (2,6 milhões), 8,1% nos recursos coletados (R$ 49,4 bilhões) e 5,8% na carteira dos consorciados contemplados (R$ 51,4 bilhões). Em dezembro de 2018 havia 150 administradoras ativas, com 17,7 mil grupos e 7,2 milhões de cotas ativas – alta de 3,6% em relação ao ano anterior. Destaca-se ainda o crescimento de 7,9% na carteira do segmento de imóveis, evolução superior à da carteira de crédito imobiliário das instituições do SFN no mesmo período (4,7%).

Para o presidente da Confebras, Kedson Macedo, estes números confirmam que o cooperativismo de crédito cresce de forma sólida e contínua, alavancando o crescimento econômico em todas as regiões do País, mesmo em tempos de economia claudicante e atuação tímida dos bancos tradicionais.