Além de mais uma conquista nacional – a terceira em quatro anos -, o título da Copa do Brasil conquistado diante do Flamengo dá ao Cruzeiro o respiro que um clube precisa para fazer aquilo que, no futebol, é tido como ponto de partida para uma temporada de sucesso: planejamento.
Com vaga assegurada na fase de grupos da Taça Libertadores do ano que vem, e situação cômoda no Campeonato Brasileiro (ocupa a 5ª colocação com 40 pontos, 14 a menos que o líder Corinthians, e 12 de vantagem sobre o São Paulo, primeiro time na zona de rebaixamento), a Raposa terá os últimos três meses de 2017 para pensar e se preparar para o novo ano, em que terá como principal objetivo o tricampeonato continental.
O “novo ano” do Cruzeiro terá início na próxima segunda-feira, quando haverá a eleição para a escolha do novo presidente, que comandará o clube no triênio 2018/2020. Gilvan de Pinho Tavares, atual mandatário, esteve à frente das decisões nas duas últimas gestões (2012/2014 e 2015/2017) e não pode concorrer ao pleito. Sob o comando de Gilvan, a Raposa voltou a figurar no cenário nacional com três títulos: o bicampeonato brasileiro, em 2013 e 2014, e a Copa do Brasil deste ano, além do Mineiro de 2014.
A eleição de segunda-feira terá como candidatos Wagner Pires de Sá, que tem o apoio do atual mandatário, e Sérgio Rodrigues, da oposição, que tem o apoio do ex-presidente Zezé Perrella. A definição do novo comandante será crucial para que o Cruzeiro adote uma linha de trabalho. Isso passa, por exemplo, pela sequência ou não de Mano Menezes como técnico do time.
O treinador tem contrato até dezembro e, por mais que seu trabalho tenha sido coroado com a conquista da Copa do Brasil, e a boa campanha até aqui no Brasileirão, não está descartada uma troca, caso a oposição assuma o comando do clube.
De qualquer forma, quem assumir o posto de presidente terá os três últimos meses deste ano para definir o elenco (e, talvez, escolher a nova comissão técnica), e o mês de janeiro e boa parte de fevereiro para a preparação da equipe (a Conmebol divulgou o calendário da Libertadores 2018, e a fase de grupos tem início no dia 28 de fevereiro).
Da equipe considerada titular, apenas o volante Hudson, emprestado pelo São Paulo na troca envolvendo a ida do atacante Neílton para o clube paulista, pode deixar o Cruzeiro. No entanto, a Raposa já havia demontsrado a intenção de mantê-lo no elenco.
Desta forma, o Cruzeiro tem uma base forte para iniciar a próxima temporada, pensando nas competições em que tem presença confirmada: Campeonato Mineiro, Taça Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. A Primeira Liga, que teve edições em 2016 e 2017, ainda não definiu seu futuro, mas há possibilidades de ser disputada como um torneio de pré-temporada ou durante a parada para a Copa do Mundo da Rússia, no meio do ano.
Foto: Reprodução
Fonte: GE/ESPN/UOL
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