O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou captação de US$ 750 milhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) financiar o aumento da produtividade de mais de 4.900 micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) no Brasil. Os recursos serão direcionados às linhas de crédito elencadas no Canal do Desenvolvedor MPME, plataforma digital que permite aos empreendedores submeter online pedidos de financiamento aos agentes financeiros credenciados a operar com o BNDES.
O BNDES também fará um aporte de US$ 150 milhões em recursos próprios no âmbito da parceria com o BID. No total, estarão disponíveis US$ 900 milhões em crédito para as micro, pequenas e médias empresas nacionais. As empresas elegíveis serão aquelas que demonstrem capacidade administrativa, técnica, financeira, jurídica e ambiental para a execução de investimentos.
Parte dos recursos também poderá ser aplicada para fomentar soluções inovadoras de fintechs para análise de crédito, identificação de potenciais clientes, integração a plataformas digitais, avaliação de impacto, blockchain e moedas digitais, prevenção de fraudes e outras ferramentas de facilitação do crédito a micro, pequenas e médias empresas.
Esta ação conjunta do BNDES com o BID busca fazer frente a um dos maiores desafios enfrentados pelas MPMEs, que é o acesso a crédito público e privado. Empresas desse porte são uma das prioridades elencadas pelo BNDES no seu Planejamento Corporativo 2018-2023, e já respondem por metade dos recursos desembolsados pelo Banco. De janeiro a setembro deste ano, MPMEs ficaram com R$ 21,7 bilhões de um total de R$ 43,6 bilhões liberados pelo BNDES, um crescimento de 4% em relação aos nove primeiros meses do ano passado.
Esta é a segunda operação aprovada pelo BID no âmbito de uma linha de crédito condicional aberta para o BNDES em dezembro de 2016, no valor total de US$ 2,4 bilhões. Ela será submetida agora à Diretoria do BNDES, para cumprimento das condições necessárias à contratação e liberação do financiamento. A primeira operação desta linha de crédito condicional, também no valor de US$ 750 milhões, foi aprovada no final de 2016, com a finalidade de financiar investimentos em energias renováveis.