O plano da Cacau Show com o Playcenter, R$ 500 mi do BNDES em fundo do Pátria e o que importa no mercado

A Cacau Show anunciou a compra do Grupo Playcenter, complexo de entretenimento e parque de diversões que possui dois modelos de negócio: os Playlands e o Playcenter Family, que estão principalmente em shoppings.

A transação não teve valores divulgados e ainda precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A aposta da Cacau no “Show” : o negócio corrobora o esforço da rede de chocolates finos em ampliar sua atuação no universo do lazer e entretenimento. Ao mesmo tempo, ela utiliza os espaços para reforçar as marcas pelas quais é mais conhecida.

A empresa de Alexandre Costa já fez outros movimentos nesse sentido, com um hotel em Campos do Jordão e outro que está sendo construído em Águas de Lindoia.

Há ainda um parque de diversões na mega store de 3.000 metros quadrados da sua fábrica, em Itapevi (na região metropolitana da capital).

O Playcenter vai voltar? É um desejo, mas não para o futuro próximo, disse o dono da Cacau Show. O parque ocupou um espaço de 85 mil metros quadrados na marginal Tietê, em São Paulo, até ser fechado em 2012.

Enquanto isso, a rede quer unir a diversão e o chocolate nas lojas atuais do Grupo Playcenter, por meio de novos produtos e identidades visuais nas atrações.

Com faturamento de mais de R$ 100 milhões, o Grupo Playcenter ainda era controlado pelo seu fundador Marcelo Gutglas, 82.

Em evento realizado no Playland, localizado no Shopping Eldorado, em São Paulo, o CEO e fundador da Cacau Show, Alexandre Costa, informou que tomará conta do legado de 43 anos da marca. Não foi divulgado o valor da aquisição.

“Tudo que fazemos e adquirimos tem relação com momentos especiais e, no caso do Playcenter, não será diferente”, afirma Costa. “Lembro do sacrifício que meus pais faziam para me levar no parque de diversão quando eu era pequeno e tenho orgulho de conseguir continuar essa linda história que está sendo contada pelo grupo.”

O executivo afirma que a aquisição está completamente relacionada com o propósito da Cacau Show de tocar e impactar a vida das pessoas de todas as formas e que, apesar de ainda não ter planos concretos sobre como será levada a operação, a perspectiva é de crescimento em diversos sentidos.

“Nós não adquirimos o grupo por conta de seus brinquedos ou espaços, mas sim por essa equipe que entende tudo do assunto e saberá levar a empresa ainda mais longe daqui pra frente, sempre mantendo o legado”, conta Costa.

A compra ainda passará pela aprovação do Cade.

Por Forbes