A Alphabet, controladora do Google, quebrou nesta segunda-feira (5) a barreira dos US$ 2 trilhões (R$ 11,1 trilhões) em valor de mercado pela primeira vez, segundo informações da Bloomberg.
Após um período de semanas oscilando entre baixas e crescimentos moderados, as ações da empresa se recuperaram impulsionadas pelo crescimento em ganhos com publicidade e negócios em nuvem.
No clube de empresas que tocaram a marca dos US$ 2 trilhões estão Apple e Microsoft, que atingiu o valor também neste ano.
A dona do Google havia superado a casa do US$ 1 trilhão (R$ 5,5 trilhões) pela primeira vez em janeiro de 2020, também segundo o levantamento da Bloomberg.
Analistas atribuem a valorização dos papéis da companhia a uma combinação de preço considerado ainda barato ante as taxas de crescimento maiores em relação aos seus pares, como a Amazon e a Microsoft.
Dos 49 analistas acompanhados pela Bloomberg que cobrem as ações, todos, exceto um, recomendam a compra de ações da Alphabet.
“Dada a exposição especialmente atraente da Covid, o engajamento e a monetização sempre crescentes do YouTube e a marcha do GCP [Google Cloud Platform] em direção à lucratividade, vemos motivos sólidos para possuir o ativo”, escreveu Brad Erickson, analista da RBC Capital Markets no final de outubro, quando a Alphabet informou que as suas vendas do terceiro trimestre superaram as estimativas.
O lucro por ação da empresa deve chegar a quase US$ 130 (R$ 723) em 2023, segundo a média das estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg, ou quase o triplo dos US$ 44 reportados em 2018.
Além do sucesso do segmento de nuvem estar perto do ponto ideal, a Waymo, empresa de desenvolvimento de tecnologia para carros autônomos que possui participação da Alphabet, poderia adicionar outro estímulo para a expansão do mercado da empresa, segundo Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.
Investidores interessados em surfar na alta da dona do Google até podem obter ganhos, mas a expectativa é que a valorização seja apenas moderada nos próximos meses, segundo Matt Peron, diretor de pesquisa da Janus Henderson Investors, em entrevista à Bloomberg.
*Por Folhapress