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Sabendo não dispor dos 308 votos necessários para aprovar a reforma, o Palácio do Planalto não quer correr o risco de pautar a matéria e ser derrotado. Além do impacto negativo no mercado financeiro, comprometeria o ajuste fiscal para 2018. Assim, o governo aposta todas as suas fichas em um jantar neste domingo, oferecido na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com líderes da base, presidentes dos partidos e ministros da equipe econômica para conseguir o apoio necessário no Congresso Nacional. Caso contrário, a votação acontecerá só em 2018.

Segundo interlocutores de Michel Temer, dependendo do resultado da reunião, o governo assumirá uma posição mais defensiva e tentará votar a reforma somente em 2018. Para contrabalançar o cenário, a Câmara assumiria o compromisso de pautar a matéria em fevereiro. O governo teme deixar a votação para 2018 por conta do calendário eleitoral.

Os deputados temem votar um tema que afeta a vida de todos os brasileiros, a despeito da proposta original ter sido “enxugada”. Para os parlamentares, ganhar a pecha de ser contra os aposentados pode custar muitos votos – e a cadeira no Congresso em 2019. O placar apertado em votações recentes, mostra que a base de Michel Temer na Câmara está cada vez menor.

No PMDB, dos 66 integrantes da bancada, só metade diz votar a favor da reforma; 12 são contrários e o restante se diz indecisos. Não há uma estimativa precisa, mas o governo teria hoje menos que os 251 votos obtidos para barrar a segunda denúncia contra Temer – e o viés é de baixa. O número é bem distante dos 308 votos necessários para aprovar a medida.

 

Foto: Reprodução
Fonte: Época