Para Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, a recuperação plena do setor segue distante, já que o atual volume de receitas ainda se encontra 11,7% aquém do nível anterior à última recessão. “Para que o setor não registre sua quarta queda anual consecutiva, seria necessário um crescimento médio de 1,2% no volume de receitas dos serviços, na comparação entre o quarto trimestre deste ano e o último do ano passado – taxa alcançada em apenas duas oportunidades nos últimos 12 meses”, afirmou Bentes.
A recuperação plena do setor deve ficar somente para o ano que vem. A expectativa da CNC é de que, em 2019, o setor deverá registrar aumento de 2,1% nas receitas, o que, se for confirmado, será o primeiro crescimento desde 2014, quando os serviços tiveram aumento de 2,5%.
Queda mensal, mas resultado favorável no trimestre
A queda mensal na PMS se deveu, principalmente, ao fraco desempenho da geração de receitas advindas de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,4%) e do setor de transportes (-1,3%). Em contrapartida, a prestação de serviços às famílias avançou 1,4%, compensando a retração de 0,7% em agosto.
Apesar do fraco desempenho do setor em setembro, o acumulado do terceiro trimestre mostrou que, após um segundo trimestre marcado pelas paralisações de maio e junho, houve evolução favorável de parte do principal setor de atividade na formação do Produto Interno Bruto (PIB), principalmente levando-se em conta as incertezas decorrentes do cenário eleitoral.
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