O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu novas medidas de auxílio para o enfrentamento da segunda onda de covid-19, muitas delas condicionadas à aprovação do Orçamento 2021 do governo federal. Ele participou por videochamada de audiência pública na comissão temporária do Senado que acompanha as medidas de combate à pandemia.
Guedes citou a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas, uma nova fase do programa de apoio a micro e pequenas empresas, o Pronampe, e o relançamento do programa que permite a suspensão de contratos e redução de jornadas e salários de trabalhadores.
“Aprovado o Orçamento, se os senhores aprovarem hoje [ontem], podemos disparar imediatamente a antecipação dos benefícios [13º] de aposentados e pensionistas. Mais R$ 50 bilhões vêm de dezembro para agora. Vamos proteger os mais vulneráveis e os idosos, nessa segunda grande guerra contra o coronavírus”, afirmou.
Os senadores questionaram Guedes se não era possível manter o auxílio emergencial em R$ 600, e não R$ 250, média anunciada pelo governo para ser paga em quatro parcelas a partir de abril. O ministro sugeriu a criação do “Fundo Brasil”, abastecido com recursos do “patrimônio brasileiro”, da venda de estatais que dão prejuízo e até mesmo da distribuição de participações das empresas lucrativas, para distribuir renda de forma direta aos informais.
“Vamos pegar esse patrimônio e, em vez de ele ficar participando de maracutaia, de aparelhamento político, de caixa dois, de corrupção, vamos pegar esse patrimônio e vamos dar para os mais pobres”, disse.
*Por Metro Jornal / Foto: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo