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O Brasil se aproxima dos 590 mil mortos apenas pela covid-19. Se considerarmos que o vírus atinge pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais, fica fácil presumir que boa parte desses indivíduos contava com perfis nas redes sociais. Há que se lembrar também que há uma infinidade de outras causas de falecimento, o que faz com que esse “cemitério virtual” cresça a cada minuto.

O Metro World News entrou em contato com as principais plataformas – Facebook, Instagram e Twitter – para entender quais as alternativas disponíveis em caso de morte de seus usuários. Confira:

Facebook

Existe a opção de tornar um perfil memorializado. Nesse caso, ele se transforma em um espaço onde amigos e familiares podem se reunir para compartilhar lembranças.

As contas transformadas em memorial não podem ser mais acessadas e contam com algumas características, como a expressão “Em memória de” exibida do lado do nome da pessoa. Dependendo das configurações de privacidade da conta, os amigos poderão compartilhar lembranças na linha do tempo.

Pixabay/Divulgação

Após a memorialização, o conteúdo que a pessoa postou, como fotos ou publicações, permanecerá no Facebook e ficará visível para o público. Amigos poderão compartilhar lembranças na nova aba de “Tributos”, que é separada das publicações feitas pela pessoa em vida.

Decisão em vida

O Facebook diz que não fornece as informações de login da conta de terceiros, mesmo em caso de falecimento. Por isso, é importante que o dono do perfil decida o que acontecerá com a conta quando ele falecer, optando por um contato herdeiro ou solicitando que o perfil seja deletado permanentemente após o falecimento. Para selecionar uma dessas opções, basta entrar em “Configurações” e “Gerenciar conta”.

contato herdeiro será o único que poderá gerenciar uma conta transformada em memorial, podendo realizar ações como:

● fixar uma publicação no perfil da pessoa;
● responder às novas solicitações de amizade;
● alterar a imagem de perfil e a foto da capa;
● definir por quanto tempo o perfil ficará no ar (pode permanecer por tempo indeterminado) e/ou solicitar que seja deletado.

É importante esclarecer que, ainda que alguém tenha sido designado como contato herdeiro, essa pessoa não terá acesso às mensagens trocadas pelo dono do perfil. Além disso, não será possível publicar em nome da pessoa que faleceu.

Se o proprietário da conta não tiver selecionado um contato herdeiro, ela não poderá ser administrada por ninguém após a solicitação de transformação em memorial.

Além de pedir que um perfil seja memorializado, os familiares próximos reconhecidos podem solicitar que a conta seja removida via formulários online. No entanto, a plataforma reforça que o processo de transformação em memorial ou remoção do perfil é uma decisão importante, que deve ser feita apenas por parentes ou amigos próximos da pessoa que morreu.

Instagram

Assim como no Facebook, no Instagram também é possível transformar a conta de uma pessoa falecida em um memorial.

A rede ressalta que tenta evitar que as referências às contas transformadas em memorial apareçam, de forma que possam incomodar os amigos ou familiares. Elas não poderão ser visualizadas em alguns locais, como no “Explorar”.

Natanaelginting/Freepik/Divulgação

Outra opção é solicitar a remoção do perfil por meio de documentos que comprovem a ligação familiar direta. A plataforma pede certidões de nascimento e óbito da pessoa falecida e comprovação de autoridade de acordo com a legislação local de que o requerente é o representante legal da pessoa falecida ou de seu espólio. Além disso, é necessário o preenchimento de um formulário.

Twitter

Pixabay/Divulgação

No caso do Twitter, a única opção é que alguém autorizado peça a desativação da conta. Para isso, é preciso preencher um formulário.

Depois de enviar solicitação, a rede social enviará um e-mail com instruções para o fornecimento de mais detalhes, incluindo informações sobre a pessoa falecida, uma cópia de sua identidade e uma cópia da certidão de óbito.

O Twitter informou, contudo, que está trabalhando para lançar as contas de memorial, o que inclui uma etapa de pesquisas para entender melhor as expectativas das pessoas em relação a este tipo de perfil.

*Por Marília Montich/Metro Jornal