Governo brasileiro manifesta solidariedade às vítimas de explosão no Líbano

O presidente Jair Bolsonaro lamentou hoje (4) a explosão que aconteceu nesta terça-feira em Beirute e deixou mais de 70 mortos e mais 2.700 feridos.  Em sua conta pessoal no Twitter, Bolsonaro disse estar profundamente triste com as cenas.

“O Brasil abriga a maior comunidade de libaneses do mundo e, deste modo, sentimos essa tragédia como se fosse em nosso território. Manifesto minha solidariedade às famílias das vítimas fatais e aos feridos”, escreveu o presidente da rede social.

A foto principal mostra como era essa área antes da explosão.

Os habitantes de Beirute acordaram nesta quarta-feira (5) em luto e ainda abalados pelo cenário de devastação causado pelas explosões no porto da capital libanesa, que provocaram pelo menos 100 mortes e feriram milhares de pessoas. As autoridades continuam no local, descrito como “um cenário de guerra”, e admitem que o número de vítimas pode ser maior.

No início desta manhã, horas depois da explosão cuja potência se equiparou a um terramoto de magnitude 3.3, a fumaça ainda saía do porto da cidade. As principais ruas da parte baixa da capital acumulam destroços e veículos danificados, assim como fachadas de edifícios destruídas pelo impacto.

“É como um cenário de guerra. Estou sem palavras”, lamentou o presidente da Câmara de Beirute, Jamal Itani, à agência Reuters, depois de ter inspecionado hoje os estragos causados pelo desastre, estimando que correspondam a milhões de dólares. “Esta é uma catástrofe para Beirute e para o Líbano”.

De acordo com a Cruz Vermelha libanesa, pelos menos 100 pessoas morreram em consequência das explosões e mais de 4 mil ficaram feridas. O presidente  da instituição alertou que esses números podem subir. “Ainda estamos verificando a área. Podem existir mais vítimas. Espero que não”, afirmou à imprensa George Kettani.

Smoke rises from the site of an explosion in Beirut
REUTERS/ISSAM ABDALLAH/Direitos reservados

A explosão ocorreu por volta das 18h no horário local. Feridos chegaram a ser levados para hospitais fora de Beirute.

Alguns moradores, que estavam vivas durante os bombardeios que ocorreram na guerra civil do país, entre 1975 e 1990, acharam que se tratava de um terremoto.

O ministro do Interior do Líbano disse ao canal de televisão Al Jadeed que nitrato de amônio era armazenado no porto desde 2014.

O Líbano, que tem uma dívida pública de US$ 90 bilhões, importa a maioria da sua comida, e o porto de Beirute, fundamental no armazenamento dessas importações, está agora destruído.

*Foto principal:  reprodução/Google Earth