El Salvador é o 1º país do mundo a usar bitcoin como moeda oficial a partir desta terça-feira (7). Boa parte da população salvadorenha, no entanto, não tem mostrado confiança na medida e deve continuar pagando suas contas com dólar, moeda que circula no país há 20 anos.
Uma pesquisa da UCA (Universidade Centro-Americana) e do jornal La Prensa Gráfica mostrou que 82,8% da população têm pouca ou nenhuma confiança no bitcoin, enquanto 95,9% consideram que o seu uso deve ser voluntário. Eis a íntegra da pesquisa (6 MB).
Em junho deste ano, o Congresso de El Salvador aprovou um lei que torna o bitcoin a moeda oficial do país a partir de 7 de setembro. Com isso, o governo salvadorenho espera abrir serviços para 70% da população que não possui contas em bancos. Assim que aprovada, a mudança pode facilitar a gestão econômica por prescindir de operações presenciais.
A iniciativa é liderada pelo presidente do país, Nayib Bukele. Nessa 2ª feira (6.set), ele anunciou no Twitter que o país comprou mais 200 bitcoins, totalizando 400, um dos maiores acervos de bitcoins entre todos os países do mundo.
De forma geral, o governo de Bukele costuma ter apoio popular e esta está sendo considerada a 1ª discordância relevante por especialistas.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) alertou para os riscos e para desafios regulatórios que a adoção do bitcoin como moeda oficial pode causar. A Lei Bitcoin, que tem só 16 artigos, determina, por exemplo, que a taxa de câmbio entre o bitcoin e o dólar americano seja “estabelecida livremente pelo mercado”.
A vizinha Honduras também resolveu incentivar o uso de criptomoedas. Na semana passada, o país disponibilizou o 1º caixa eletrônico de bitcoins à população, que foi batizado de “la bitcoinera”.
O equipamento foi instalado em um prédio comercial na capital Tegucigalpa. Ele permite que usuários comprem bitcoin e ethereum usando a moeda local lempira (1 lempira equivale a cerca de R$ 0,22).
*Com informações do Poder 360