Autoridades sanitárias do Reino da Arábia Saudita aprovaram os modelos de Certificado Zoosanitário Internacional (CZI) elaborados pelo Departamento de Saúde Animal de material genético bovino e avícola provenientes do Brasil. Com isso, estão autorizadas as exportações brasileiras de ovos férteis, pintos de um dia, embriões bovinos “in vivo”, embriões “in vitro” e sêmen bovino para aquele país.
Com a aceitação das propostas dos certificados veterinários, Arábia Saudita passa a integrar grupo de cerca de 50 países das Américas, Oriente Médio, África, Europa e Ásia que importam regularmente material genético avícola do Brasil. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Blairo Maggi ressaltou a importância da Arábia Saudita como parceiro comercial do Brasil, que importou mais de US$2 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro em 2017. Maggi destacou que a abertura de novos mercados auxilia a diversificação da pauta e contribui para o alcance da meta de 10% de participação do Brasil no mercado mundial de produtos agropecuários.
Em relação à genética avícola, a ampliação de mercados importadores de ovos férteis e pintos de um dia do Brasil encontra-se em expansão. De acordo o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, um dos principais fatores para a conquista de novos mercados é o reconhecimento internacional da condição sanitária dos plantéis avícolas nacionais. “O Brasil nunca teve casos de Influenza Aviária. O nível de biosseguridade implementado pelos estabelecimentos produtores de genética brasileira permitem desenvolver produtos com qualidade e produtividade”, afirma.
O número de mercados importadores de embriões bovinos “in vivo”, embriões “in vitro” e sêmen bovinos também tem aumentado no Brasil. Segundo Marques, “os avanços sanitários das últimas décadas (principalmente, o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como país livre de febre aftosa com vacinação em maio) tem contribuído para este fato. O diretor atribui o avanço, também, ao melhoramento genético nas raças de origem taurina e zebuína, à consolidação da produção e transferência de embriões “in vivo”, e ao crescente uso da fertilização “in vitro”, além de investimento feito pelos centros de coleta e processamento de sêmen e embriões em tecnologia e biosseguridade, para atender as exigências internacionais.
Foto: Divulgação