Pelo segundo ano consecutivo, Samsung e Microsoft lideram a lista da Forbes das melhores empresas do mundo para trabalhar, em 1º e 2º lugares, respectivamente. A Alphabet, controladora do Google, ficou em 3º, seguida da Apple, em 4º, e Ferrari completando o top 5.
Três brasileiras aparecem no ranking, que conta com 700 empresas de 43 países. O Banco Bradesco é o mais bem colocado, na 458ª posição. Natura &Co aparece em 482º lugar, e o Banco do Brasil, em 641º.
Para elaborar a lista, a Forbes fez uma parceria com a empresa de pesquisa de mercado Statista, que entrevistou mais de 170 mil funcionários que trabalham para empresas e instituições multinacionais em mais de 50 países.
Os entrevistados foram questionados se recomendariam sua empresa para familiares ou amigos e avaliaram seu empregador com base em critérios como equilíbrio entre vida pessoal e profissional, oportunidades de progressão na carreira e diversidade.
Embora as gigantes dos setores de TI e eletrônicos dominem o top 5, empresas automotivas também tiveram destaque com o segundo melhor desempenho de todos os setores. Além do número 5 da montadora italiana Ferrari, as alemãs BMW e a Bosch ficaram na 9ª e 19ª posições, respectivamente, e a japonesa Honda ficou com o número 21.
Benefícios atrativos
A manutenção do primeiro lugar para a Samsung pode estar relacionada com seu ambiente de trabalho, que inclui lanchonetes e academias no escritório e um “Laboratório Criativo” que permite que os funcionários compartilhem ideias e depois façam parte do processo de desenvolvimento dos produtos. Além disso, a empresa oferece programas de treinamento e intercâmbio de talentos, que levam os funcionários a se movimentar entre a sede e as subsidiárias coreanas.
Na Microsoft, a conexão entre os funcionários é mantida por meio do Microsoft Teams, que facilita a colaboração entre as equipes, diz Kathleen Hogan, diretora de pessoas da multinacional. E embora não seja surpresa que a empresa credite o sucesso da organização às suas próprias ferramentas, as métricas internas confirmam isso. “A última pesquisa de engajamento dos funcionários mostrou que 93% estão confiantes em sua capacidade de trabalhar juntos como uma equipe, independentemente da localização”, afirma Hogan.
A controladora do Google, a Alphabet, subiu do quarto para o terceiro lugar este ano, com a ajuda dos benefícios oferecidos aos funcionários, como a possibilidade de levar os “Dooglers” (também conhecidos como cães dos Googlers) para o escritório. A empresa tem escritórios equipados com áreas de recreação para os pets, tigelas de comida, guloseimas e até mesmo “estacionamento”, onde os cachorros podem ficar enquanto seu “Googler” está comendo.
Além desse benefício, os funcionários do Google têm opções de trabalho híbrido e remoto, recursos de saúde mental e salas de reuniões recém-projetadas que aumentam a participação dos funcionários, independentemente da localização ou das necessidades físicas.
Na recente comemoração do 25º aniversário do Google no mês passado, a empresa organizou reuniões e festas para toda a empresa em mais de 100 locais com a presença inclusive dos fundadores. Isso ajuda a mostrar aos funcionários que seu trabalho é valorizado, o que atrai e retém talentos.
Atração e retenção de talentos
Kathryn Landis, fundadora e CEO da empresa global de consultoria Kathryn Landis Consulting e professora adjunta de liderança na NYU, diz que priorizar o trabalho em equipe é fundamental para ajudar os funcionários a ter sucesso. “A importância da equipe às vezes se perde no desenvolvimento pessoal e no nível organizacional da empresa”, afirma. “Mas ser claro sobre as prioridades da equipe, o papel de todos nessa missão e as maneiras pelas quais eles precisam trabalhar juntos para ter sucesso pode ajudar muito.”
É claro que também ajuda quando os funcionários se sentem bem com o trabalho que estão produzindo. Especialmente nos últimos anos, diz Landis, “muitas pessoas querem fazer coisas que tenham mais propósito e significado”.
*Rachel Rabkin Peachman é colaboradora sênior da Forbes USA. Ela é uma jornalista especializada em saúde e também já cobriu temas como cadeia de abastecimento alimentar, parentalidade e viagens. Já escreveu para grandes jornais como New York Times e Washington Post.
*traduzido por Fernanda de Almeida/Forbes