Celulares vão ganhar novas funções com inteligência artificial

Embaladas pela inteligência artificial (IA), as novidades para a próxima geração de smartphones incluem uma série de mudanças na câmera e nos processadores, que ficarão mais potentes e serão capazes de gerar respostas mais inteligentes em uma fração de segundo. É o que prometem os principais fabricantes de celulares e componentes reunidos em um evento de tecnologia no Havaí nesta semana.

Além da capacidade de fazer selfies usando até da câmera traseira, será possível apagar objetos em vídeos e usar os novos recursos tecnológicos para trazer mais qualidade através de mecanismo de predição, apontam os fabricantes.

As novidades começam a chegar aos consumidores já nas próximas semanas pelas mãos de marcas como Xiaomi, Redmi, Asus, Realme, Sony, OnePlus e Oppo que utilizam o sistema operacional do Google, o Android, e os novos processadores de IA da Qualcomm, o Snapradgon 8 Gen 3.

— Essa plataforma abre uma nova era de IA generativa que permite aos usuários gerar conteúdo exclusivo, ajudar na produtividade e outros casos de uso inovadores — disse Alex Katouzian, vice-presidente sênior de dispositivos móveis e computação da Qualcomm Technologies.

William Lu, presidente da Xiaomi Group, disse que a companhia vai lançar o Xiaomi 14 neste dia 26 no mundo. Segundo o executivo, é o primeiro celular a ser lançado ao mesmo tempo que o novo processador. A chinesa é a terceira maior vendedora de smartphones do mundo, atrás de Samsung e Apple.

— Em nossos testes, constatamos a abertura de 30 aplicações em 140 segundos — afirmou, destacando que o aparelho consegue suportar temperaturas de até 43,2 graus Celsius e a capacidade de rodar ate 6 bilhões de variáveis no próprio aparelho.

Alejandro Adamowic, diretor de Tecnologia da GSMA, associação internacional das operadoras de telefonia, diz que essas inovações vão servir como impulso para o crescimento do 5G. A previsão é que em 2030 as conexões de quinta geração representem 57% do total na América Latina:

— O 5G dom sua alta velocidade e baixa latência (tempo de resposta) vão incentivar cada vez mais novos serviços. A ideia é que o celular consiga replicar o comportamento humano, gerando reações e respostas com a mesma velocidade do cérebro.

Por Bruno Rosa — Maui, Havaí /O Globo