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Iani de Toledo Sartóri Matsuo, de 11 anos, residente de São José do Rio Preto (SP), é a mais nova integrante da Mensa International, clube internacional para pessoas com quociente de inteligência (QI) alto. A menina é fluente em inglês e apaixonada por matemática.

“Foi surpreendente descobrir que a Iani tinha um talento especial, porque apesar de ser sempre questionadora, não imaginávamos que tivesse um QI acima da média. Geralmente em bolsa de mãe de menina você encontra sempre uma bonequinha, maquiagem ou algum acessório. Mas na minha bolsa sempre tem algum fio, placa de arduíno, led e até chave de fenda”, disse Débora Toledo, mãe da menina.

“Sempre foi uma criança precoce. Andou e falou muito cedo. Pegava livros antigos e ficava folheando. Gostava de ouvir estórias e aprendeu a ler e fazer contas aos quatro anos. Foi aí que percebemos sua habilidade com letras e números”, acrescentou.

Iani é apaixonada por assuntos que envolvam tecnologia, inteligência artificial, energia livre e voos por propulsão magnética. “Adoro os projetos de Elon Musk. E gosto de brincar com meu cachorro Thor, porque ele é o Deus da fofura”, disse ela.

Ao G1, Iani relatou que prefere o homeschooling, que é o ensino em casa, porque, segundo ela, aprende mais em menos tempo.

“Gosto de matemática porque me ajuda a entender o universo. A que menos gosto é educação física, porque essa é uma habilidade que, definitivamente, não tenho.”

Contudo, a menina segue indo para a escola e a mãe afirmou que o “seu relacionamento com colegas e professores, sempre foi ótimo, já que uma de suas habilidades é a comunicação. Sempre falante e com muito bom humor. É disciplinada e gosta de entregar seus trabalhos com antecedência. É fluente em inglês, está aprendendo espanhol e pretende aprender outras línguas. […] Tem memória fotográfica e o que aprende não esquece, mas não admite que ensine a mesma coisa mais de uma vez”.

Diagnóstico de QI alto

Débora contou que notou que a filha tinha algo de diferente no primeiro ano escolar, pois ela afirmava que as tarefas eram muito fáceis.

Durante o segundo ano letivo, uma professora sugeriu que Iani ajudasse os outros colegas de classe com as atividades, já que ela terminava primeiro.

“Isso deu certo por um tempo, mas logo ela chegou em casa perguntando se iria só ajudar os amigos ou iria aprender algo novo. Disse que queria ir para a escola para aprender e não para ensinar”, disse Débora, que teve de procurar por um especialista.

“Chegamos ao limite. Já não tínhamos mais o que oferecer para a Iani, então começamos uma busca incessante na internet, com o intuito de descobrir algo em que ela se encaixasse. Em uma das pesquisas encontramos Carina Rondini, coordenadora do projeto da Unesp de São José do Rio Preto destinado a crianças com altas habilidades e superdotação.”

No projeto, Iani começou a estudar matemática, física, programação, robótica e xadrez. “Foi extremamente necessária a aceleração escolar da Iani, pois chegou um momento em que era sofrido ir para a escola. A Carina e o psicólogo iniciaram a aplicação dos testes de QI e, depois de estudar o caso, tiveram resultado favorável a superdotação”, informou Débora.

Atualmente, Iani está no 7° ano do Fundamental 2. Ela afirmou que se sente muito orgulhosa e feliz por representar o Brasil na Mesa Internacional.

*As informações são do G1