Moscou vai entrar em lockdown. A partir da próxima semana, escolas, lojas e restaurantes da capital da Rússia vão fechar em um dos mais rígidos bloqueios na cidade desde o início da pandemia da Covid-19. Autoridades municipais anunciaram a medida para conter a disseminação do novo coronavírus, já que as taxas de vacinação continuam baixas e os números de mortes e novos casos não param de aumentar.
Segundo dados do The New York Times, os casos relatados no país aumentaram em 33% nas últimas duas semanas, chegando a mais de 32.400 infectados. O jornal norte americano também aponta em seu levantamento a média de morte diárias de 983 pessoas por dia na última semana, tendo alguns dias que esse número ultrapassava 1.000. A taxa de vacinação também é bastante preocupante: 33% da população está vacinada, número inferior aos 37% da média global.
No início da pandemia, Moscou travou mais restrições do que muitos países ocidentais. Os russos foram proibidos de deixar seus apartamentos, a fazer compras em supermercados e farmácias, a comparecer a consultas médicas e passear com seus cachorros. Mas durante este ano, também suspendeu muitas medidas, antes mesmo de outros países europeus, um movimento que se tornou motivo de orgulho. Durante o verão, Moscou chegou a impor aos clientes de bares e restaurantes que fossem vacinados, mas não durou muito. A aplicação das regras de uso de máscara na Rússia também é negligente. Fora a hesitação da população em se vacinar, o que acabou gerando esse cenário caótico na capital russa.
*Por Simone Blanes/Veja