A Embraer (EMBR3) divulgou nesta quarta-feira (21) que entregou um total de 34 aeronaves no segundo trimestre de 2021, sendo 14 comerciais e 20 executivos.
De acordo com a companhia, ao fim de junho a carteira de pedidos firmes (‘’backlog’’) totalizava US$ 15,9 bilhões, crescimento de 12% ante o primeiro trimestre deste ano – o que representa um retorno aos níveis pré-pandemia.
No período, as entregas de aeronaves executivas somaram 11 modelos Phenom 300 e cinco Praetor 600. Já entre os jatos comerciais, foram 14 entregas, sendo sete deles E175 e o restante, E195-E2.
De acordo com analistas do mercado financeiro, os dados são positivos e devem beneficiar o desempenho das ações da companhia. Os papéis EMBR3 fecharam o pregão desta quarta com alta de 3% na B3, negociados a R$ 18,87. Na máxima do dia, as ações chegaram a subir 4,6%, a R$ 19,17.
Em relatório divulgado nesta quarta, o Bradesco BBI destaca que as notícias são positivas para a companhia, uma vez que as entregas de aeronaves comerciais e jatos executivos superaram as estimativas do banco de nove e 18 aeronaves, respectivamente.
O fato de as entregas de aeronaves comerciais estarem menos concentradas no modelo E175 e o cliente lançador, Binter Canarias, ter recebido apenas um em sete E195-E2s, também deve contribuir para maiores margens da aviação comercial entre abril e junho, escreveram os analistas.
Com o anúncio positivo, o Bradesco BBI está agora ajustando suas projeções para incorporar as novas entregas no segundo trimestre. O banco mantém sua recomendação outperform (acima da média do mercado) e preço-alvo para 2022 em US$ 21,00.
Também em relatório divulgado hoje, o Itaú BBA escreve que a entrega de jatos veio acima do esperado pelo banco, de 11 aeronaves.
Já a Guide Investimentos avalia que a Embraer tem demonstrado bom posicionamento estratégico este ano, por meio de diversas parcerias no exterior e que tem sido capaz de aproveitar a reabertura da economia, voltando a entregar aeronaves.
“Vemos como uma forte recuperação em relação ao ano passado, quando a fabricante passou por uma grande crise em decorrência da pandemia e da desistência da Boeing no acordo anunciado de compra de parte da empresa brasileira”, escrevem os analistas, em relatório.
*Por Mariana Zonta d’Ávila/InfoMoney