Em entrevista para a agência interna de notícias, André Brandão, que assume a presidência do Banco do Brasil nesta terça-feira (22), defendeu a diversidade no quadro de funcionários do banco, questão que tem sido cada vez mais debatida por grandes empresas, especialmente em cargos de liderança.
“Acredito muito na diversidade. Então, eu acho que isso é importante para a cultura do Banco ou em qualquer lugar que ele venha trabalhar. Quanto mais diversidade, melhor. A gente diz que quando você cria todo mundo igual, homem vindo do mesmo lugar, etc., cria uma uniformidade de pensamento. Quer dizer, quanto mais você tem essa diversidade, melhor é para pensar em negócios e para alavancar muitas coisas”, afirmou à agência, conforme entrevista transcrita à qual o InfoMoney teve acesso.
Em relação a uma eventual privatização do banco, Brandão enfatizou que a decisão deve partir do acionista, mas ressaltou que o presidente Jair Bolsonaro já falou mais de uma vez que a questão não está em pauta – o presidente inclusive rechaçou a possibilidade em sua última live semanal.
“E é o que eu sou, eu sou um executivo, então, eu estou indo lá para trabalhar junto com vocês, colaboradores aí do Banco do Brasil, para gerirmos esse banco e espero poder agregar com a minha experiência, somada à experiência que vocês têm, para a gente melhorar ainda mais esse banco.”
Em termos de projetos futuros, o novo presidente, conhecido principalmente por sua experiência no HSBC – no qual atuou como presidente do banco no Brasil e head de global banking e markets para as Américas –, destacou que a experiência do BB de atender mais clientes brasileiros no exterior precisa ser avaliada com mais detalhe, já que se coloca como uma oportunidade, dada a “vacância de parceiros estrangeiros” e a facilidade do banco para competir no segmento.
Assim como extrair maior valor da agenda ambiental que o banco já tem, com maior promoção do trabalho desenvolvido.
Experiência do cliente no foco
Também foi questionado a Brandão quais serão os grandes pilares da sua gestão. Embora tenha dito que está começando a imergir nos detalhes do banco e que a estratégia “está perfeita”, o presidente afirmou que deve eleger como prioridade a experiência do cliente. Eficiência operacional e rentabilidade também foram apontadas como pilares muito importantes.
Dois outros pontos, que ainda serão discutidos internamente, também foram mencionados. O primeiro deles é o foco na execução estratégica. “Sinto que o Banco do Brasil, dada a sua grande escala, acaba querendo fazer tudo, e eu acho que a gente vai ter que, talvez, selecionar algumas áreas e focar mais”, observou.