Em embaixada francesa de Caracas, França nega presença de opositor venezuelano 

A França desmentiu, que o líder opositor venezuelano Juan Guaidó esteja refugiado em sua embaixada em Caracas, como afirmou o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza.

“O senhor Juan Guaidó não está na residência da França em Caracas. Confirmamos isso várias vezes às autoridades venezuelanas”, disse a porta-voz do ministério francês das Relações Exteriores, Agnès von der Mühll.

“Todos os esforços agora devem se concentrar em encontrar uma solução política para a crise venezuelana”, acrescentou a porta-voz, que pediu “eleições livres” e “transparentes” para “pôr fim ao sofrimento do povo venezuelano”.

Na quinta-feira (4), o ministro das Relações Exteriores da Venezuela disse que Guaidó estava na embaixada francesa, alguns dias depois de o presidente socialista Nicolás Maduro insinuar que o líder parlamentar estava “escondido” em uma sede diplomática.

Chanceler pede entrega de “foragidos”

“Nós não podemos entrar em uma residência de uma embaixada de nenhum país, seja da Espanha, ou da França, e determinar que a Justiça os tire à força. Isso não é possível”, respondeu Arreaza em entrevista a uma rádio, ao ser questionado por um jornalista sobre a suposta presença de Guaidó na embaixada francesa e sobre a permanência de seu mentor, Leopoldo López, “hospedado” na residência do embaixador espanhol em Caracas há mais de um ano.

“Esperamos que esses governos retifiquem (…) e entreguem os foragidos da justiça à Justiça venezuelana”, acrescentou Arreaza.

Na segunda-feira (1), sem citar diretamente qualquer missão diplomática, Maduro deu a entender que Guaidó está “escondido em uma embaixada”.

Guaidó diz que governo mente

O atual líder da oposição venezuelana negou a acusação imediatamente. “Eles mentem para você”, tuitou Guaidó, momentos depois, no Twitter, afirmando estar, “onde quer que esteja, com o povo”.

A França está entre os mais de 50 países que, liderados pelos Estados Unidos, reconhecem Guaidó como presidente encarregado da Venezuela depois que o Parlamento da maioria da oposição declarou Maduro “usurpador” do poder.

Juan Guaidó é alvo de vários processos judiciais desde que foi proclamado presidente interino em janeiro de 2019, embora não se saiba se há um mandado de prisão contra ele.

Por: RFI