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Andréia Repsold Presidente do LIDE RIO DE JANEIRO recebeu dois ícones do esporte brasileiro Lars Grael – velejador, medalhista olímpico e presidente do LIDE ESPORTE e Glenda Koslowski – jornalista esportiva, apresentadora e tetracampeã de body-boarding. A Mediação ficou a cargo da consultora de esportes Marcia Cintra.


O tema do encontro virtual foi 

  “O NOVO MUNDO PÓS PANDEMIA E OS EVENTOS ESPORTIVOS”
Para Glenda Koslowski o esporte ensina a não ter preconceitos, tem a capacidade de a se adaptar diante te fatores externos que não se pode prever.
“É preciso ter a consciência da importância do esporte na vida de todos, principalmente das crianças. A prática de exercícios físicos combate a obesidade infantil, além de ter um papel social extremamente importante e relevante, porque o esporte é capaz de chegar em locais que o Estado não chega, e pode tirar uma criança de uma situação vulnerável e mudar a vida dela para sempre”.
Em relação aos Jogos Olímpicos, Glenda acredita que os fatores a serem considerados vão além performance dos atletas. O isolamento é diferente em cada país, com este fator os atletas de ponta podem se prejudicar. Acredita que, caso os Jogos aconteçam, eles devem ser tratados, tanto pelos comitês dos países, pelo público e pela imprensa, como os Jogos da superação, a vitória da humanidade, trazendo de volta a superação e união dos povos, o verdadeiro espírito olímpico.
Para Lars Grael o cenário requer ajuda de todos os lados, principalmente da parte pública. É importante reposicionar o esporte na agenda de prioridade pública, não tratá-lo apenas como entretenimento. Durante os anos, os projetos e leis destinadas ao esporte foram deixadas de lado.

Sobre o cenário do esporte na pós pandemia, afirma ser necessário pensar em muita coisa, como a regulamentação e legalização das apostas esportivas eletrônicas (apostas, cassinos e bingo), pois isso já acontece. Já que é possível apostar em diferentes atividades fora do país, se for regulamentado internamente pode trazer renda e geração de empregos para o Brasil. Além disso, regulamentar e investir na gestão e governança, principalmente nos clubes de futebol, transformando-os em clube-empresa, o que traz uma credibilidade ao setor e é primordial para separar o que funciona na gestão e o que pode ser eliminado. Os e-Sports já são uma realidade e esse segmento movimenta milhões a cada ano.

Sobre as Olimpíadas de Tóquio, Lars acredita que se a decisão fosse hoje, os Jogos seriam cancelados, mas é um cenário que muda a cada instante, com uma definição apenas no fim do ano.

Marcia Cintra complementou afirmando que os esportes coletivos sofrerão no retorno, voltarão com cautela e medidas de proteção. Os prejuízos são grandes, principalmente nas bilheterias, já que provavelmente os jogos serão sem torcida, mas, por outro lado, isso pode gerar uma maior receita em transmissões televisionadas, tanto em canais fechados, abertos e na internet.

Concluindo o encontro virtual,  Andréia Repsold afirmou: “É  preciso a união de todos para que seja possível passar por essa pandemia, e isso o esporte pode ajudar, por conta da coletividade que ele proporciona, além de sempre mostrar um lado positivo de tudo o que acontece”.