A Barclays Premier League 2018-2019, primeira divisão do futebol inglês, retorna nesta sexta-feira com a promessa de ser melhor do que nunca.
Na última temporada, o Manchester City, sob a batuta de Pep Guardiola, se sagrou campeão em uma histórica campanha, com diversos recordes quebrados. Agora, as equipes se fortaleceram visando quebrar uma possível hegemonia dos Citizens. Equipes como Everton e West Ham gastaram o que podiam para fortalecerem seus elencos, almejando vôos maiores na competição.
Para o alívio dos amantes do futebol, um dos melhores campeonatos do mundo volta hoje e os jogos podem ser acompanhados nos canais ESPN e, alguns, na RedeTV.
Confira abaixo uma análise de cada uma das equipes que disputarão a Barclays Premier League nesta temporada:
Arsenal – Pela primeira vez em 22 anos, não terá Arsene Wenger na beira do gramado. O técnico francês deixou a equipe e deu lugar a Unai Emery. O espanhol foi às compras e reforçou o setor defensivo dos Gunners com o goleiro Leno, o lateral-direito Lichtsteiner, o zagueiro Papastathopoulos e os jovens Lucas Torreira e Matteo Guendouzi. Em compensação, viu Mertesacker se aposentar e jogadores como Santi Cazorla e Wilshere partirem para outras equipes.
Bournemouth – A equipe surpreendeu ao alcançar a 12ª colocação na temporada passada e, para se manter na elite, não perdeu nenhum dos onze jogadores considerados titulares. Sem grandes contratações, evitar o rebaixamento parece ser a meta da equipe comandanda por Eddie Howe.
Brighton – Depois de fazer uma campanha digna em seu retorno à elite, na última temporada, a missão do Brighton segue a mesma: evitar o rebaixamento. Para isso, o técnico Chris Hughton fez questão de manter a base do elenco e reforçar o plantel. Destaque para o brasileiro Bernardo, que deixou o Red Bull Leipzig, da Alemanha, e para a jovem promessa iraniana Jahanbakhsh, que deixou o Az Alkmaar, da Holanda, para encarar o desafio de se destacar em um grande centro, como é a Inglaterra.
Burnley – Na última temporada, o time do leste inglês alcançou um feito histórico ao ficar em sétimo lugar e conquistar uma vaga na Europa League deste ano. O téncio Sean Dyche conseguiu manter quase todo o elenco (perdeu apenas Scott Arfiel para o Rangers) e ainda se reforçou com Joe Hart, goleiro que já defendeu o Manchester City e o West Ham, e com o zagueiro Ben Gibson e o atacante Matej Vydra. Lutar contra o rebaixamento não deve ser a meta do time, que busca manter o sétimo lugar.
Cardiff City – Após cinco temporadas longe, o time galês retorna à elite do futebol inglês com a meta de não cair novamente. A pedido do técnico Neil Warnock, contratações pontuais foram feitas e a manutenção do elenco foi o grande reforço para esta temporada.
Chelsea – O torcedor se irritou com um decepcionante quinto lugar na última temporada e a diretoria mudou muita coisa. Antonio Conte foi demitido e Maurizio Sarri foi contratado para ser o novo comandante da equipe. Dentro das quatro linhas, os Blues perderam Courtois, mas se reforçaram com o jovem Kepa Arrizabalaga para ocupar o espaço embaixo das traves. Para o meio de campo, Jorginho e Kovacic chegaram, vindos de Napoli e Real Madrid, respectivamente.
Crystal Palace – Após brigar até o final contra o rebaixamento na temporada passada, a equipe sofreu perdas importantes, como Diego Cavalieri, Yohan Cabaye e Ruben Loftus-Cheek. Porém, foi ao mercado e se reforçou bem. O goleiro Guaita, o volante Kouyate e o meia-atacante Max Meyer, uma das grandes promessas da Alemanha, foram contratados.
Everton – Uma belíssima surpresa no mercado de transferências, os Toffees se mostraram insatisfeitos com o oitavo lugar da temporada passada, trocaram o técnico, que agora é o português Marco Silva, e foram às compras para melhorar essa colocação. Só do Barcelona, vieram três reforços: o lateral-esquerdo Digne, o zagueiro Mina e o meio-campista André Gomes. Para o setor ofensivo, dois brasileiros que se destacaram recentemente foram contratados. Bernard e Richarlison prometem elevar o patamar ofensivo da equipe.
Fulham – De volta à elite, o clube foi agressivo no mercado da bola e trouxe nomes como Jean Michael Seri, do Nice, Andre Schurrle, do Borussia Dortmund, Luciano Vietto, do Atlético de Madri, e outros. Além de assegurar a permanência em definitivo do atacante sérvio Aleksandar Mitrovic. O objetivo é claro: voltar bem à elite e nem pensar em brigar contra o descenso.
Huddersfield – David Wagner conseguiu assegurar a permanência na primeira divisão e sofreu apenas uma grande perda no elenco que disputou a temporada passada: Tom Ince acertou com o Stoke City. Com contratações pontuais, o Huddersfield espera conseguir se manter na elite, mas a tarefa não será das mais fáceis.
Leicester City – Os Foxes, campeões em 2015-2016, jamais conseguiram fazer campanha semelhante àquela histórica de dois anos atrás, mas sofrem menos dificuldades para se manterem na elite. Neste ano, a equipe perdeu um de seus principais jogadores: Ryad Mahrez foi para o Manchester City. Por outro lado, o técnico Claude Puel teve alguns reforços que podem ser importantes, como Ricardo Pereira, Jonny Evans e Rachid Ghezzal.
Liverpool – Terceiro colocado na Premier League passada e atual vice-campeão europeu, o Liverpool investiu pesado na janela de transferências para reforçar ainda mais o plantel de Jürgen Klopp. O brasileiro Alisson Becker se tornou o segundo goleiro mais caro da história ao fechar com os Reds, que também fecharam com seu compatriota Fabinho, com o malinês Naby Keita e com o suíço Xherdan Shaqiri. A meta é voltar a triunfar e levar o caneco para casa.
Manchester City – Os atuais campeões mantiveram praticamente todo o elenco (perderam apenas Yaya Touré) e ainda se reforçaram com o argelino Ryad Mahrez. Por esses e outros motivos, o favoritismo à manutenção do título nesta temporada são enormes. Espera-se que a equipe comandada por Pep Guardiola alcance seu máximo nesta temporada e conquiste números ainda mais expressivos.
Manchester United – O técnico José Mourinho se mostrou irritado com a postura do clube no mercado de transferências. O único reforço de peso contratado pela equipe foi Fred, do Shakhtar Donetsk. O português gostaria de um reforço para assumir a condição de titular na defesa, algo que não aconteceu. Por outro lado, não teve grandes perdas no elenco, mas deve ter dificuldades para voltar a conquistar a Barclays Premier League.
Newcastle – A tradicional equipe ficou satisfeita com o décimo lugar na última temporada, a primeira depois de passar um ano na segunda divisão. Para agora, o principal nome da equipe permanece sendo o técnico Rafael Benítez e, já que o elenco não foi reforçado como pretendia o treinador espanhol, o meio de tabela deve ser o grande objetivo da equipe.
Southampton – Os Saints são conhecidos pela força nas categorias de base e pela lucratividade de suas negociações. O Southampton contratou jogadores novos e com potencial de crescimento e lucro em futuras vendas. A equipe do sul inglês passou sufoco para se manter na elite e o objetivo não deve ser muito diferente de permanecer na primeira divisão.
Tottenham – Nas últimas três temporadas, os Spurs tiveram um ótimo desempenho e se tornaram um dos times mais fortes do futebol inglês. Com a construção de seu novo estádio custando muito dinheiro, a equipe optou por não contratar e investir na renovação de contrato de alguns de seus astros. Por outro lado, as saídas que aconteceram foram apenas de jogadores das categorias de base.
Watford – Os comandados de Javi García sofreram o desfalque de um importante jogador do elenco quando Richarlison foi negociado com o Everton e não se reforçaram muito. O maior reforço talvez tenha sido a contratação em definitivo do atacante Deulofeu, antes emprestado pelo Barcelona.
West Ham – Assim como o Everton, investiu pesado para alçar vôos maiores no cenário nacional e, até mesmo no cenário europeu. Manuel Pellegrini, ex-Real Madrid e Manchester City, é o novo técnico da equipe e terá os reforços importantes de jogadores cobiçados no mercado europeu, como Fabianski, Diop, Balbuena, Wilshere, Yarmolenko e Felipe Anderson. O único grande desfalque da equipe foi o de Cheikhou Kouyate, que fehcou com o Crystal Palace.
Wolverhampton – Outra equipe que subiu este ano e foi ao mercado para não voltar para a segunda divisão. Os Wolves contrataram nomes importantes como o goleiro Rui Patrício e o meio-campista João Moutinho, da seleção portuguesa, e o atacante mexicano Raul Jiménez. O Wolverhampton, atual campeão da segunda divisão, tem tudo para se manter na elite por, pelo menos, alguns anos.
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