A partir desta semana, a Prefeitura de São Paulo vai identificar o motorista que só respeita limite de velocidade quando passa pelo radar.
Está na placa. E o aplicativo avisa: tem radar à frente. Para muitos motoristas, a reação é automática.
É com esse freia/acelera nas proximidades dos radares que a Prefeitura de São Paulo quer acabar. Em quatro pontos da cidade, os radares foram programados para medir a velocidade média dos carros.
Quando um carro passar por esses radares num viaduto, a hora e a placa ficam registradas. Radares semelhantes estão instalados em outro viaduto a dois quilômetros e meio de distância. Um sistema de computador calcula quanto tempo o carro levou para percorrer a distância entre os dois viadutos. Por exemplo: numa avenida de São Paulo, a velocidade média é de 60 km/h, ou um quilômetro por minuto. Portanto, para percorrer dois quilômetros e meio, o motorista tem que levar dois minutos e meio ou um pouco mais. Se fizer em menos tempo, isso significa que pisou no acelerador no meio do caminho.
“A ideia de controlar a velocidade é uma ideia de segurança. Se uma via tem uma velocidade máxima, é porque os engenheiros disseram que essa é a velocidade segura. A velocidade média nos permite controlar o cumprimento da legislação durante um tempo. Portanto, as pessoas que respeitarem as regras aqui estarão oferecendo maior segurança a si próprias e a terceiros”, disse o secretário municipal de Transportes de São Paulo, Sérgio Avelleda.
Não vai ter multa porque esse tipo de medição de velocidade não está previsto no Código de Trânsito. A prefeitura vai mandar uma carta para os motoristas: avisa que eles excederam o limite de velocidade, mas informa que não serão punidos.
O Contran, Conselho Nacional de Trânsito, aguarda uma resposta da consultoria jurídica do Ministério das Cidades para saber se pode regulamentar a fiscalização por velocidade média. Alguns motoristas estão desconfiados.
Tem um jeito de evitar a cartinha da prefeitura. É só seguir o que está na placa, mesmo depois que ela sumir de vista.
“Eu acho que seria uma boa sim, devido aos acidentes, muita imprudência. Sim, eu acharia uma boa. Andar na linha. É bom, sempre bom, não é?”, disse o manobrista Sillson José de Santana.
Foto: Reprodução
Fonte: G1
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