A Alemanha entrou na Copa das Confederações com o objetivo de desenvolver seus jovens talentos para, assim, encorpar o time principal. Por isso, foi com um “time B” para a competição e, mesmo assim, conseguiu o título inédito do torneio.
Um clima de muita felicidade e confiança tomou conta da sala onde ocorreu a entrevista coletiva do técnico Joachim Löw após a conquista, neste domingo (2), em São Petersburgo, na Rússia. Um grupo de jogadores alemães invadiu a coletiva ainda no início, quando quem falava ainda era Ter Stegen – o melhor em campo na vitória por 1 a 0 sobre o Chile -, e deu um banho de cerveja e champanhe em quem estava na mesa aos gritos de “campeões”. Sobrou para o goleiro, para o treinador e os assessores de imprensa.
A festa animou Löw, que em seguida analisou o título com muita propriedade, como poucas vezes fez até hoje. E ainda deu uma alfinetada no chileno Vidal.
– Vidal disse antes da final que o Chile queria conquistar o troféu para se tornar o melhor time do mundo. Então, a Alemanha continua sendo o melhor time do mundo. Venceu a Copa do Mundo e agora a Copa das Confederações. É isso que esse título significa. É excelente termos jogadores com tão pouca experiência internacional jogarem nesse nível. Tivemos problemas nesse jogo, nervosismo no começo. Mas nosso time fez muito um pelo outro para vencer esse torneio hoje – afirmou.
O Chile teve muito mais controle da partida e desperdiçou muitas chances. Teve 61% da posse de bola. Mas a Alemanha aproveitou um erro de Marcelo Díaz ainda no primeiro tempo e marcou o único gol da final. Löw sentiu que não era o dia dos chilenos.
– O Chile é um ótimo time. Tem excelentes jogadores e muita experiência, muita posse de bola. Eles queriam muito ser campeões. Mas hoje eu tive a sensação de que eles nunca fariam gol neste jogo. Às vezes você tem sorte, às vezes não. Eles tiveram uma grande chance. Mas depois nós também tivemos chance de marcar. Para mim é um grande prazer conquistar esse título. Estou muito feliz de que meus jogadores aceitaram o que pedimos a eles para fazer. Para mim é uma reconfirmação do que estamos fazendo.
Pressão no time “A” da Alemanha?Questionado se o título da Copa das Confederações com um time jovem representa pressão em cima das estrelas que ficaram descansando – Müller, Özil, Boateng, Kroos, entre outros -, o técnico respondeu de forma bem-humorada.
– Brincando, o negócio é dizer quais deles que ficaram em casa poderiam entrar nesse time jovem (risos). Claro que não é verdade, porque os que estão em casa são ótimos e jogaram sempre em alto nível. Esse era nosso primeiro objetivo, desenvolver os talentos jovens, não era o título, eu sempre disse isso. Era o que queríamos alcançar. Todos os jogadores desse elenco querem estar em uma posição melhor do que a que estão hoje.Mais uma vez esbanjando confiança, Löw falou sobre o constante favoritismo da Alemanha, status que se repetirá na próxima Copa do Mundo.
– A Alemanha sempre é favorita, não importa qual seja o torneio. Sempre somos considerados favoritos. Não vejo problema nisso.
Por fim, o técnico atual campeão mundial fez questão de agradecer à Rússia e ao povo russo por tudo que foi vivido nesta Copa das Confederações.
– Muito obrigado à Rússia. Vocês foram ótimos anfitriões. As condições foram excelentes. Esse torneio foi brilhantemente organizado. Encontramos pessoas incríveis neste país. A Rússia é muito interessante. As pessoas foram muito legais. Estamos muito agradecidos por tudo – encerrou.
Fotos: Reuters
Fonte: Ivan Raupp/GE
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