Uma rebelião, robôs que adquirem consciência e tentam dominar os humanos. Essa é a história de Westworld. A série dirigida por Jonathan Nolan e Lisa Joy estreou a segunda temporada neste domingo (22), às 22 horas, na HBO, que abriu o sinal para todos os assinantes da Net e Sky, e conta com a participação do brasileiro Rodrigo Santoro vivendo o personagem Hector Escaton.
Para quem não viu a primeira temporada, a história gira em torno de humanos que criaram um local onde se pode matar, transar, estuprar, entre outras coisas, sem que aconteça nada. Neste local, há várias narrativas. Habitado por robôs, os humanos vão à cidade para realizar seus desejos, sem repressão. A cada fim, a história é resetada e começa tudo de novo.
Com a interpretação do ator Anthony Hopkins, o personagem Robert Ford cria um lugar chamado Westworld. O mistério e o suspense cerca o enredo. Com a história contada em linhas do tempo diferentes, os acontecimentos e as ações realizadas por cada personagem fecha-se com um ciclo de explicações. Há um motivo para cada situação apresentada na narrativa. A linearidade da série é complexa e necessita de uma atenção maior do público.
A segunda temporada não foge disso. A temporariedade se difunde na ficção, o que faz aumentar as teorias que a série proporciona. Nada é muito claro. As questões filosóficas são construídas de maneira que os robôs vão se revelando seres conscientes. A nova abertura faz a expectativa aumentar, a que ponto as máquinas chegarão, ao mostrar um feto e apresentar a água como elemento fundamental. Um ciborgue, nada que fuja do futuro real.
O existencialismo que é passado por parte dos anfitriões que vivem em Westworld mostra que a revolução está apenas em seu início. Explicações do local onde tudo ocorre, a vontade de Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) de ir para o “outro mundo”, o drama de Maeve Millay (Thandie Newton) para encontrar sua filha e a busca pela verdade existencial de Bernard Lowe (Jeffrey Wright) são pequenos motivos para acompanhar esta nova temporada.
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