Nas últimas semanas, o produto mais vendido pela loja online Amazon, nos Estados Unidos, foi o spinner. Conhecidos também como fidget spinners e hand spinners, os brinquedos, que já eram sucesso nos EUA e na Inglaterra, chegaram com tudo no Brasil e já são febre entre crianças e adultos, mesmo gerando polêmica entre pais e educadores.
É só andar pela Avenida Paulista para ver o brinquedo em praticamente todas as bancas de jornal, com preços a partir de R$25. Nas lojas, é possível encontrar modelos por até R$500, e as filas para comprar o produto só aumentam!
Mas, afinal, o que são os spinners?
Além de tirar a garotada dos eletrônicos, o spinner colabora para o desenvolvimento da coordenação motora. Ao elaborar as manobras, as pessoas tem uma percepção melhor dos movimentos e, com o treino, desenvolvem novas habilidades.
Dos mais variados tipos, cores e tamanhos “um fidget spinner é um brinquedo que serve também para o alívio de estresse”, explica Victor Jacques, que é dono de uma loja de brinquedos que, em duas semanas, já vendeu mais de 10 mil unidades.
“Ele tem sido anunciado como algo que ajuda as pessoas que têm dificuldade para se concentrar, como quem sofre de transtorno de déficit de atenção (TDAH) ansiedade e até autismo, agindo como um mecanismo de liberação de energia”, completa Jacques.
Algumas pessoas contestam o lado terapêutico do spinner, e professores reclamam que os alunos ficam viciados em girar o spinner e não prestam atenção durante a aula. Mas isso não muda o fato de que ele caiu nas graças de crianças e adultos pelo mundo inteiro.
Para a psicanalista e psicopedagoga, Monica Pessanha, o spinner é apenas mais um brinquedo que está na moda. “As crianças querem fazer parte daquele meio, querem pertencer ao grupo, não gostam da sensação de exclusão e assim as modas surgem e se espalham. Isso acontece com um tipo de tênis, por exemplo”.
Mas, segundo Monica, qualquer objeto pode se transformar em um brinquedo, basta que a criança queira brincar por um tempo.
“O brincar por si só é terapêutico, pois tira a criança de um ambiente de ansiedade, de estresse e a leva para outro lugar. O brincar é muito importante para o desenvolvimento infantil, mas não quer dizer que o spinner tenha funções especiais para crianças com déficit de atenção ou autismo, não temos comprovação científica. Esqueça o marketing e esse papo de terapia, é um brinquedo e ponto”.
Um fato curioso sobre eles é que, diferente da maioria dos “brinquedos sensação” dos últimos anos, não existe uma empresa dona da invenção. Atualmente a maioria dos spinners vem de fábricas na China e variedade é um ponto que define bem o brinquedo – tanto em tipos quanto em preços.
“A patente do spinner é aberta e tem várias empresas contestando ela, então não existe uma fabricante fixa. Tem spinners desde 30 até 400 e até 500 reais. São quase joias colecionáveis! Tem de metal, de plástico, resina… Tem até uns feitos de biscoito, é muito engraçado!”, conta Jacques.
A onda dos spinners já chamou atenção também do universo da cultura pop em geral. Diversos canais no YouTube, por exemplo, têm conseguido nas últimas semanas milhões e milhões de visualizações com vídeos exibindo spinners girando…
https://www.instagram.com/p/BVCWIywnWsr/?tagged=spinners
https://www.instagram.com/p/BVCcWkTgO9f/?tagged=spinner&hl=pt-br
https://www.instagram.com/p/BVCZX1mDZIP/?tagged=spinners
Fotos e Vídeos: Reprodução
Fontes: R7 e UOL